Rio de Janeiro: acusados arrecadaram cerca de R$ 27 milhões nos últimos três anos em extorsões feitas aos motoristas que atuam no transporte alternativo (Oscar Cabral/Divulgação)
Agência Brasil
Publicado em 19 de abril de 2017 às 12h56.
Policiais civis e promotores do Ministério Público fazem uma operação para prender 22 pessoas acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas e com a exploração do transporte alternativo na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
Um dos alvos da operação é Fernando Gomes Freitas, conhecido como Fernandinho Guarabu, apontado como chefe do tráfico de drogas em comunidades da Ilha do Governador.
Os mandados de prisão preventiva foram concedidos pela 17ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. De acordo com a denúncia do Ministério Público, os acusados arrecadaram cerca de R$ 27 milhões nos últimos três anos em extorsões feitas aos motoristas que atuam no transporte alternativo.
Uma das práticas do grupo criminoso é ameaçar de morte os motoristas que não pagarem a taxa de R$ 350. Em alguns casos, cobradores do grupo criminoso eram colocados dentro das vans para recolhimento direto das taxas.
Ainda segundo o MP, o grupo contava também com o ex-policial militar Antonio Eugênio de Souza Freitas, conhecido como Batoré, que foi expulso da Polícia Militar em 2005, sob a acusação de vender armas para Guarabu. Ele é acusado de gerenciar a extorsão semanal dos motoristas de vans e kombis.
Policiais civis também fazem hoje uma grande operação contra o tráfico de drogas e o roubo de veículos em comunidades da Baixada Fluminense. Até as 11h de hoje, já tinham sido presas 17 pessoas.