Brasil

Polícia do Rio treina para abordar dependentes de crack

Duas turmas, com cerca de 40 alunos cada, recebem instruções na Academia Estadual de Polícia Civil e no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar


	Bope na Favela do Jacarezinho no Rio de Janeiro: a falta de técnica na abordagem do dependente químico é um problema verificado por especialistas
 (Tania Rêgo/ABr)

Bope na Favela do Jacarezinho no Rio de Janeiro: a falta de técnica na abordagem do dependente químico é um problema verificado por especialistas (Tania Rêgo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2012 às 13h31.

Rio de Janeiro – Policiais militares e civis, além de guardas municipais, estão sendo capacitados para atuar no enfrentamento do crack no Rio de Janeiro. O curso é resultado de uma parceria entre o governo federal e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, dentro do programa nacional de combate à droga Crack é Possível Vencer.

Duas turmas, com cerca de 40 alunos cada, recebem instruções na Academia Estadual de Polícia Civil e no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da Polícia Militar. As aulas têm duração de um mês e são divididas em três módulos. O primeiro trata do policiamento comunitário e técnicas de aproximação, o segundo como indicar para qual o órgão o dependente químico deve ser encaminhado e o último aborda o uso de equipamentos com menor potencial ofensivo, pistolas de choque e spray de pimenta, por exemplo.

De acordo com a superintendente de prevenção da Secretaria de Segurança do Estado do Rio, Leriana Figueiredo, os alunos foram escolhidos por trabalharem próximos as chamadas cracolândias. “O que nós fizemos foi escolher os profissionais mais ligados ao problema devido à geografia. A gente tem estratégia de formação que acreditamos possa impactar especialmente as áreas de entorno [de batalhões e delegacias], locais de maior problema para enfrentamento”, completou a superintendente.

A falta de técnica na abordagem do dependente químico é um problema verificado por especialistas e os pelos próprios agentes de segurança. Para a policial militar e aluna do curso Viviane dos Santos saber identificar o problema de cada dependente é uma das maiores dificuldades do trabalho. “O curso veio mostrar técnicas, tanto na parte de saúde, onde procurar apoio para o dependente químico, quanto evitar levá-lo para a delegacia", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:CrackCrimecrime-no-brasilPolícia Militar

Mais de Brasil

Advogado de Cid diz que Bolsonaro sabia de plano de matar Lula e Moraes, mas recua

STF forma maioria para manter prisão de Robinho

Reforma Tributária: pedido de benefícios é normal, mas PEC vetou novos setores, diz Eurico Santi