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Polícia Civil de SP faz operação contra lavagem de dinheiro do PCC

Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos, todos em nome dos investigados

Operação Falso Mercúrio: Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma das maiores operações contra lavagem de dinheiro da história.  (Disvulgação/Polícia Civil de SP)

Operação Falso Mercúrio: Polícia Civil de São Paulo deflagrou uma das maiores operações contra lavagem de dinheiro da história. (Disvulgação/Polícia Civil de SP)

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 09h01.

A Polícia Civil de São Paulo deflagrou na manhã desta quinta-feira, 4, uma das maiores operações contra lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ação — chamada de Falso Mercúrio — busca desmantelar um grupo responsável por lavar dinheiro para a facção criminosa. Seis mandados de prisão preventiva estão sendo cumprido por mais de 100 policiais na capital e região metropolitana.

Os agentes também cumprem outros 48 mandados de busca e apreensão. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o sequestro de 49 imóveis, três embarcações e 257 veículos, todos em nome dos investigados. De acordo com o governo do estado, pelo menos 20 pessoas físicas e 37 jurídicas tiveram as contas bloqueadas.

“É uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil contra a lavagem de capitais. Os envolvidos no crime viviam uma vida de luxo e conseguiam milhões com a atividade ilícita.

Hoje, nós avançamos contra essa rede criminosa”, afirmou Osvaldo Nico Gonçalves, secretário de segurança pública de São Paulo. Gonçalves acompanhou a saída das equipes durante a madrugada.

A investigação

A investigação, realizada pela 3ª Delegacia de Investigações Gerais (Dig) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), revelou que os suspeitos eram responsáveis por lavar dinheiro de crimes como tráfico de drogas, estelionato e jogos de azar.

O delegado e diretor do Deic, Ronaldo Sayeg, disse que esta é a maior investigação patrimonial e financeira já realizada pelo departamento. “Seguimos a diretriz de descapitalizar o crime organizado e recuperar ativos. Essa operação simboliza isso em razão do número de imóveis e bens que estão bloqueados e restritos”, afirmou.

A SSP informou que o esquema contava com três núcleos principais:

  1. Coletores: responsáveis por arrecadar os valores ilícitos;
  2. Intermediários: encarregados de movimentar e ocultar os recursos;
  3. Beneficiários finais: que recebiam o dinheiro já legitimado.

"Cada um com funções distintas e estruturadas para fazer com que o esquema funcionasse", afirmou a pasta. Os presos e investigados estão sendo encaminhados à 3ª Dig, onde o caso segue em andamento.

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