PMs e bombeiros do DF ameaçam entrar em greve
Assembleia para decidir sobre a paralisação ocorre na próxima semana e greve pode começar na véspera de Carnaval
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 18h40.
Brasília – Entidades que representam os policiais militares e bombeiros do Distrito Federal realizarão, nos próximos dias, assembleias para avaliar a possibilidade de greve da categoria. Pelos menos três líderes ouvidos pela Agência Brasil – entre eles, um oficial – disseram não descartar a possibilidade de uma paralisação às vésperas do carnaval.
No próximo sábado (11), as associações dos oficiais da Polícia Militar (Asof) e do Corpo de Bombeiros (AssofBM) realizam assembleias para decidir se aderem ao movimento unificado, iniciado por policiais militares, e participam da assembleia conjunta prevista para o próximo dia 15, em Taguatinga.
A assembleia conjunta do dia 15 servirá para que policiais e bombeiros de entidades que aderirem ao movimento unificado decidam se entram em greve, caso o governo do Distrito Federal não aceite negociar com a categoria.
Consideradas as diferentes entidades, os cerca de 22 mil policiais militares do Distrito Federal exigem reajuste salarial, isonomia com a Polícia Civil (segundo os militares, mais bem remunerada) e melhores condições de trabalho. Uma das entidades que divulgaram pauta de reivindicações, a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), defende aumento de 52% sobre o salário bruto dos subtenentes, a título de reposição das perdas salariais dos últimos quatro anos. A associação diz que a categoria não teve reajuste nesse período.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar (AssofBM), coronel Sérgio Fernando Aboud, a greve ainda não é consenso, embora as reivindicações sejam justas e o movimento já conte com o apoio de muitos oficiais.
“A priori, não queremos fazer nenhuma paralisação. Vamos reapresentar nossas reivindicações ao governo – que não nos ouviu no ano passado – e ver o que ele tem a dizer, mas não descartamos a possibilidade de uma greve. Tudo vai depender do resultado das [duas] próximas assembleias”, disse o oficial à Agência Brasil.
Para Aboud, há quem queira aproveitar o momento e reproduzir no Distrito Federal a paralisação da Polícia Militar baiana, em greve desdo o último dia 31. “Eu acho isso irresponsável, pois cada estado tem suas realidades. De qualquer forma, se os oficiais resolverem parar, acabou. Para tudo.”
De acordo com o coronel, há quatro anos, a categoria não recebe reajuste salarial, embora o volume de recursos repassados pelo governo federal ao Distrito Federal, por meio do Fundo Constitucional, tenham aumentado. Criado em 2002, o fundo é uma modalidade de transferência de recursos da União para o governo local custear, integralmente, os gastos com segurança pública e, parcialmente, as despesas com saúde e educação.
Já o vice-presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, disse que, se até o dia 15, o governo do Distrito Federal não der sinais de que está disposto a receber os representantes da categoria e atender suas reivindicações, a assembleia geral fatalmente resultará na paralisação.
“É mais que justo que a categoria cruze os braços após o dia 15, caso o governo do Distrito Federal não demonstre boa vontade de negociar”, comentou Sansão, garantindo que o aumento dos repasses do Fundo Constitucional chega a 58,06% entre os anos de 2008 e 2012. “Por isso, queremos o aumento de 52%. E pode ter certeza de que não iremos para o movimento como os colegas da Bahia [onde parte dos militares não aderiu à paralisação]. Vamos todos unidos, até os oficiais”, afirmou.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou ter tomado conhecimento do movimento ontem (6) à tarde e disse que já está avaliando a situação. Está prevista, inclusive, uma reunião com o comando das duas forças para decidir como tratar o assunto, além de convite às lideranças do movimento para negociar.
Brasília – Entidades que representam os policiais militares e bombeiros do Distrito Federal realizarão, nos próximos dias, assembleias para avaliar a possibilidade de greve da categoria. Pelos menos três líderes ouvidos pela Agência Brasil – entre eles, um oficial – disseram não descartar a possibilidade de uma paralisação às vésperas do carnaval.
No próximo sábado (11), as associações dos oficiais da Polícia Militar (Asof) e do Corpo de Bombeiros (AssofBM) realizam assembleias para decidir se aderem ao movimento unificado, iniciado por policiais militares, e participam da assembleia conjunta prevista para o próximo dia 15, em Taguatinga.
A assembleia conjunta do dia 15 servirá para que policiais e bombeiros de entidades que aderirem ao movimento unificado decidam se entram em greve, caso o governo do Distrito Federal não aceite negociar com a categoria.
Consideradas as diferentes entidades, os cerca de 22 mil policiais militares do Distrito Federal exigem reajuste salarial, isonomia com a Polícia Civil (segundo os militares, mais bem remunerada) e melhores condições de trabalho. Uma das entidades que divulgaram pauta de reivindicações, a Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra), defende aumento de 52% sobre o salário bruto dos subtenentes, a título de reposição das perdas salariais dos últimos quatro anos. A associação diz que a categoria não teve reajuste nesse período.
De acordo com o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar (AssofBM), coronel Sérgio Fernando Aboud, a greve ainda não é consenso, embora as reivindicações sejam justas e o movimento já conte com o apoio de muitos oficiais.
“A priori, não queremos fazer nenhuma paralisação. Vamos reapresentar nossas reivindicações ao governo – que não nos ouviu no ano passado – e ver o que ele tem a dizer, mas não descartamos a possibilidade de uma greve. Tudo vai depender do resultado das [duas] próximas assembleias”, disse o oficial à Agência Brasil.
Para Aboud, há quem queira aproveitar o momento e reproduzir no Distrito Federal a paralisação da Polícia Militar baiana, em greve desdo o último dia 31. “Eu acho isso irresponsável, pois cada estado tem suas realidades. De qualquer forma, se os oficiais resolverem parar, acabou. Para tudo.”
De acordo com o coronel, há quatro anos, a categoria não recebe reajuste salarial, embora o volume de recursos repassados pelo governo federal ao Distrito Federal, por meio do Fundo Constitucional, tenham aumentado. Criado em 2002, o fundo é uma modalidade de transferência de recursos da União para o governo local custear, integralmente, os gastos com segurança pública e, parcialmente, as despesas com saúde e educação.
Já o vice-presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, disse que, se até o dia 15, o governo do Distrito Federal não der sinais de que está disposto a receber os representantes da categoria e atender suas reivindicações, a assembleia geral fatalmente resultará na paralisação.
“É mais que justo que a categoria cruze os braços após o dia 15, caso o governo do Distrito Federal não demonstre boa vontade de negociar”, comentou Sansão, garantindo que o aumento dos repasses do Fundo Constitucional chega a 58,06% entre os anos de 2008 e 2012. “Por isso, queremos o aumento de 52%. E pode ter certeza de que não iremos para o movimento como os colegas da Bahia [onde parte dos militares não aderiu à paralisação]. Vamos todos unidos, até os oficiais”, afirmou.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou ter tomado conhecimento do movimento ontem (6) à tarde e disse que já está avaliando a situação. Está prevista, inclusive, uma reunião com o comando das duas forças para decidir como tratar o assunto, além de convite às lideranças do movimento para negociar.