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PMDB usa ‘desconfiança’ na economia para pressionar

A iniciativa mais evidente da estratégia foi deflagrada pelo presidente do Senado, que defendeu a votação da autonomia do BC sem falar com Dilma

Renan Calheiros: o presidente do Senado justificou a iniciativa dizendo que o projeto fazia parte da sua plataforma de campanha para voltar ao comando do Congresso (Antonio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 09h21.

Brasília - O PMDB vai tenta usar a percepção negativa do mercado em relação à área econômica do governo Dilma Rousseff para reformular sua atuação com o Planalto. Peemedebistas passaram a pautar temas com impacto sem o respaldo da presidente.

O discurso é que é preciso "restaurar" a confiança. Mas o objetivo é outro: pressionar Dilma para obter mais espaço na máquina, além de apoios a candidaturas estaduais.

Em vez de atuar no Legislativo negociando mudanças a projetos enviados pelo governo ao Congresso, os parlamentares passaram a apresentar sua própria pauta econômica autônoma. A iniciativa mais evidente da estratégia foi deflagrada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sem ter avisado Dilma, ele defendeu a votação até o final do ano do projeto de lei que fixa mandato de seis anos para diretores do Banco Central.

O presidente do Senado justificou a iniciativa dizendo que o projeto fazia parte da sua plataforma de campanha para voltar ao comando do Congresso, em fevereiro. Mas, segundo aliados, o que Renan pretende é a apressar a nomeação do correligionário e senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional, cargo ocupado por um técnico interino afilhado político do governador do Ceará, Cid Gomes.

Essa mudança irritou o PMDB, que desconfia que o ministério ficará na cota do PROS, novo partido de Cid. Outro objetivo seria forçar o apoio do Executivo seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), para concorrer ao governo alagoano.


O Planalto tem sinalizado que só quer apoiar o próprio Renan, primeiro colocado nas pesquisas, para a disputa. Se assim não for, ensaia fechar apoio ao senador Benedito de Lyra (PP-AL).

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), é outro com uma pauta delicada para o Planalto. Ele, que deseja concorrer ao governo estadual, disse que não aceita votar somente o projeto de renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União, como atualmente quer o Executivo.

Ele já anunciou que pretende apresentar uma emenda para garantir a convalidação dos incentivos fiscais dados pelos governos estaduais, o que estava previsto no projeto original do Executivo enviado ao Congresso no início do ano.

Ao mesmo tempo, Eunício Oliveira busca o apoio do governo para consolidar sua candidatura, apesar de o Planalto ter incentivado a saída do grupo político da família Gomes, que trocou o PSB pelo PROS, e pode lançar para a disputa o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino.

Aliados de Eunício disse que ele espera uma definição para onde a balança do Planalto penderá em 2014. A avaliação já feita pelo líder peemedebista é que o projeto de renegociação das dívidas não traz benefícios para o Ceará, mas principalmente para a prefeitura de São Paulo.

E que a convalidação manteria indústrias que receberam incentivos fiscais para atuar no seu estado, sem o risco de terem os benefícios anulados por eventual decisão do Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Brasília - O PMDB vai tenta usar a percepção negativa do mercado em relação à área econômica do governo Dilma Rousseff para reformular sua atuação com o Planalto. Peemedebistas passaram a pautar temas com impacto sem o respaldo da presidente.

O discurso é que é preciso "restaurar" a confiança. Mas o objetivo é outro: pressionar Dilma para obter mais espaço na máquina, além de apoios a candidaturas estaduais.

Em vez de atuar no Legislativo negociando mudanças a projetos enviados pelo governo ao Congresso, os parlamentares passaram a apresentar sua própria pauta econômica autônoma. A iniciativa mais evidente da estratégia foi deflagrada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sem ter avisado Dilma, ele defendeu a votação até o final do ano do projeto de lei que fixa mandato de seis anos para diretores do Banco Central.

O presidente do Senado justificou a iniciativa dizendo que o projeto fazia parte da sua plataforma de campanha para voltar ao comando do Congresso, em fevereiro. Mas, segundo aliados, o que Renan pretende é a apressar a nomeação do correligionário e senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério da Integração Nacional, cargo ocupado por um técnico interino afilhado político do governador do Ceará, Cid Gomes.

Essa mudança irritou o PMDB, que desconfia que o ministério ficará na cota do PROS, novo partido de Cid. Outro objetivo seria forçar o apoio do Executivo seu filho, o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL), para concorrer ao governo alagoano.


O Planalto tem sinalizado que só quer apoiar o próprio Renan, primeiro colocado nas pesquisas, para a disputa. Se assim não for, ensaia fechar apoio ao senador Benedito de Lyra (PP-AL).

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), é outro com uma pauta delicada para o Planalto. Ele, que deseja concorrer ao governo estadual, disse que não aceita votar somente o projeto de renegociação das dívidas de Estados e municípios com a União, como atualmente quer o Executivo.

Ele já anunciou que pretende apresentar uma emenda para garantir a convalidação dos incentivos fiscais dados pelos governos estaduais, o que estava previsto no projeto original do Executivo enviado ao Congresso no início do ano.

Ao mesmo tempo, Eunício Oliveira busca o apoio do governo para consolidar sua candidatura, apesar de o Planalto ter incentivado a saída do grupo político da família Gomes, que trocou o PSB pelo PROS, e pode lançar para a disputa o ex-ministro dos Portos Leônidas Cristino.

Aliados de Eunício disse que ele espera uma definição para onde a balança do Planalto penderá em 2014. A avaliação já feita pelo líder peemedebista é que o projeto de renegociação das dívidas não traz benefícios para o Ceará, mas principalmente para a prefeitura de São Paulo.

E que a convalidação manteria indústrias que receberam incentivos fiscais para atuar no seu estado, sem o risco de terem os benefícios anulados por eventual decisão do Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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