PMDB: legenda tem mantido a maior bancada do Senado há mais de dez anos (Igo Estrela/ PMDB Nacional/Fotos Públicas)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de janeiro de 2017 às 11h14.
Brasília - Lideranças do PMDB querem garantir a entrada de três senadores do PTB e do DEM no partido a fim de formar uma "superbancada" no Senado.
A legenda, que já é a maior da Casa com 19 integrantes, poderá chegar a 22, caso consiga filiar os senadores Elmano Férrer (PTB-PI), Zezé Perrella (PTB-MG) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Se isso acontecer, seria a maior bancada do PMDB desde a eleição de 1998, quando o partido chegou a ter 29 senadores. Há mais de dez anos, a legenda tem mantido a maior bancada do Senado, posição que lhe garante direito, conforme o critério da proporcionalidade partidária, a escolher primeiro os principais postos da Casa, como a presidência e o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Do trio, a filiação tida como certa é a de Férrer, conforme antecipou o Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o atual líder do partido, Eunício Oliveira (CE), e outras lideranças já acertaram a ida de Férrer para o partido.
Ele já vinha sendo assediado pelos peemedebistas desde antes do julgamento do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff.
O voto dele chegou a ser contabilizado como a favor da condenação da petista. Contudo, ele votou por absolvê-la. A intenção é de que, na semana anterior ao retorno do recesso, a bancada faça um ato público de filiação.
Até lá, continuam as conversas para levar novos senadores para o partido. Um dos que já foram sondados é Lasier Martins (RS), que em dezembro deixou o PDT após ter contrariado a orientação partidária e votado a favor da PEC do Teto e do impeachment de Dilma.
As negociações envolvem outros senadores, cujos nomes não têm sido divulgados para não atrapalhar eventuais acertos.
O partido tenta atrair também Perrella, o que garantiria um peemedebista senador em Minas, segundo maior colégio eleitoral do País.
A negociação mais difícil é a de Alcolumbre, uma vez que ele derrotou, na eleição de 2014, um aliado do ex-presidente José Sarney, Gilvam Borges.
No Senado, ao contrário do que ocorre na Câmara dos Deputados, um parlamentar que muda de partido não corre o risco de perder o mandato.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.