SÃO PAULO - Diante de um governo que tem mostrado fragilidades, um PMDB fortalecido cobra mais diálogo e reconhecimento de sua força por parte do Palácio do Planalto para aprovar no Congresso medidas importantes para o Executivo, como as de ajuste nas contas públicas.
Até aí parece mais do mesmo, querendo mais espaço no governo, mais diálogo com a presidente Dilma Rousseff e mais influência nas decisões do Executivo.
A novidade é que, diante da queda na popularidade da presidente, das dificuldades de articulação do governo, da fragilidade econômica e da necessidade de ajuste fiscal, devem intensificar as investidas para conseguirem o que buscam.
"Acho que o PMDB não participa da formulação das políticas públicas, acho que o governo da Dilma, do PT, é muito fechado, não tem muita abertura, muita comunicação, muito diálogo com o Congresso Nacional. Agora a presidente Dilma está tentando fazer essa aproximação", disse à Reuters o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), um dos dez vice-líderes do governo na Câmara.
O deputado vai mais longe ao dizer que avalia que a grande maioria da bancada do PMDB acha que o partido tem um "tratamento menor do que o seu merecimento".
Em reuniões internas, os peemedebistas têm manifestado o descontentamento nas relações com o setor de articulação do governo, com o espaço dado ao partido no novo mandato e com manobras que teriam a digital do Executivo para aumentar a força dos ministros Gilberto Kassab (Cidades) e Cid Gomes (Educação), que se movimentam para criar blocos partidários para contrapor o PMDB.
Ainda assim, uma fonte próxima ao alto comando peemedebista disse à Reuters que o PMDB está longe de adotar postura de independência em relação ao governo e aos cargos que ocupa na administração.
O PMDB também diagnosticou as fragilidades vividas pelo governo na área de articulação política, segundo essa fonte.
Na avaliação do cientista político Carlos Melo, do Insper, o PMDB deve se aproveitar dessa fragilidade, aliada à queda da popularidade de Dilma, à fragilidade econômica e à necessidade de ajustes econômicos, para se cacifar.
"A gente está acostumado com um Poder Executivo muito forte, que pega o seu poder de máquina e vai lá e determina o comportamento do Legislativo. Dessa vez não vai ser assim. Com um governo com essa fragilidade toda, o poder vai ter que ser compartilhado com o Congresso", afirmou Melo.
Para ele, o Planalto terá de negociar ponto a ponto de sua agenda com o Congresso, especialmente com o PMDB, e Dilma terá de encontrar alguém em sua equipe com capacidade de fazer essa negociação. Dilma já foi orientada a fazer uma aproximação.
Ela se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem se encontrado com líderes de partidos aliados, em São Paulo na quinta-feira. Próximo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Castro avalia que caberá ao governo decidir que relação terá com o maior partido da base aliada.
"Quem vai ditar o comportamento do PMDB é o governo. Se o governo distensionar, se o governo se abrir ao diálogo, o PMDB na sua ampla maioria tem esse propósito", disse Castro.
AMEAÇAS Partido do vice-presidente Michel Temer, de seis ministros de Dilma e dos presidentes do Senado e da Câmara, o PMDB tem feito movimentações no Congresso com potencial de desagradar ao Palácio do Planalto, numa provável demonstração de sua força para o Executivo.
Cunha, por exemplo, criou a contragosto do PT uma comissão para analisar a reforma política na Câmara e colocou como presidente o deputado oposicionista Rodrigo Maia (DEM-RJ), dando a seu aliado Marcelo Castro a relatoria.
Também decidiu convidar todos os 39 ministros de Dilma para prestar esclarecimentos na Câmara e, ao lado de peemedebistas no Senado, pode contribuir para derrubar o veto de Dilma ao reajuste de 6,5 por cento na tabela do Imposto de Renda.
Entre os senadores, onde a vida do governo costuma ser mais tranquila, um grupo de senadores do PMDB declarou-se independente e, com apoio da oposição, lançou sem sucesso candidatura alternativa à de Renan Calheiros (PMDB-AL) para a presidência da Casa.
Ainda assim, o primeiro vice-presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), garante que a relação do partido com o Planalto tem melhorado e que a sigla "não faltará" ao governo, embora afirme que será necessário buscar um "equilíbrio" em relação às propostas de ajuste encaminhadas pelo governo.
"(A relação) tem melhorado bastante nos últimos tempos e esse é um ano de harmonia. Temos que harmonizar o PMDB com o governo. Acho que é o momento que o governo mais precisa do PMDB no Congresso para poder aprovar as reformas", avaliou.
"O PMDB não vai faltar a esse apoio, sem descuidar também da população, dos benefícios da população. Vamos encontrar um ponto de equilíbrio nessas questões", assegurou.
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1. O Brasil que queremos
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1/30 (REUTERS/Ueslei Marcelino)
EXAME ouviu a nata do capitalismo brasileiro sobre as reformas mais urgentes para que os negócios prosperem e o país cresça. A boa notícia: dá para retomar o dinamismo perdido em pouco tempo. Mas quem vai enfrentar o desafio? Veja a seguir as ações que devemos cobrar do próximo presidente nas cinco áreas eleitas como prioritárias por líderes de grandes empresas do Brasil.
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2. Murilo Ferreira
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2/30 (Germano Lüders/EXAME.com)
Presidente da Vale
Setor: Mineração
"Precisamos modernizar nosso sistema político. Em vez de as negociações políticas serem feitas por polos partidários, os parlamentares negociam em pequenos grupos ou individualmente. O maior partido do Brasil, que é o PMDB, é uma coisa em Pernambuco, outra no Pará, outra em São Paulo. Como é que se debate uma reforma tributária com uma estrutura tão fragmentada? Nem o presidente Lula, quando tinha 83% de aprovação popular, conseguiu fazê-la. Basta um estado levantar o dedo, seja o maior, seja o menor da federação, para barrar qualquer tentativa de mudança. Não dá para a política ficar como está."
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3. Roberto Setubal
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3/30 (Fabiano Accorsi)
Presidente do banco Itaú
Setor: financeiro
“O funcionamento de nossa democracia não está bom. As negociações para obter o apoio de partidos pequenos geram ineficiência na administração da máquina pública porque a governabilidade depende de um número grande demais de concessões a muitos partidos. Afinal, virou um bom negócio fundar uma legenda neste país. O Brasil precisa de uma reforma que fortaleça os partidos, mas que diminua a quantidade deles. Lideranças políticas são importantes, mas eu não acredito em um salvador da pátria. O foco precisa ser dar mais força às instituições e mostrar que nosso país está amadurecendo. Por tudo isso, entendo que a reforma política precede todas as outras."
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4. Flávio Rocha
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4/30 (Germano Lüders/EXAME.com)
Presidente da Riachuelo
Setor: varejo "Nossa Justiça contabiliza 2 milhões de processos trabalhistas por ano. Em 1 hora, temos o número de ações que o Japão tem em um ano. Em um dia, o mesmo que os Estados Unidos têm em um ano. Em minha fábrica, funcionários e sindicato concordaram e fizemos um trato: ter 15 minutos a menos de almoço e sair 15 minutos antes do horário. Mas quem deixa a empresa entra com ação alegando que não teve 1 hora de almoço. E ganha!"
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5. Laércio Cosentino
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5/30 (Germano Lüders/EXAME.com)
Presidente da Totvs
Setor: indústria digital "A reforma trabalhista é essencial para dar mais competitividade às empresas como as de tecnologia da informação, com grande massa salarial. Defendo que a partir de determinado salário o empregador e o empregado possam negociar horas extras, benefícios e férias. As negociações ficariam atreladas à qualidade e ao prazo de entrega de resultados. Isso geraria competição entre as empresas, oferecendo mais aos melhores."
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6. Educação - Márcio Utsch
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6/30 (Germano Lüders)
Presidente da Alpargatas
Setor: têxtil "Nos anos 60 e 70, o governo fez o Movimento Brasileiro pela Alfabetização, o Mobral, uma força-tarefa que conseguiu reduzir o analfabetismo. Hoje, precisamos de um movimento similar para melhorar a qualidade da educação, uma espécie de 'Qualal'. Não vejo ênfase na qualificação dos professores, que deveria ter prioridade. O que vejo na educação é uma mera evolução, quando precisamos de uma revolução."
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7. Educação - Eduardo Eugênio Vieira
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7/30 (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro
“Por décadas investimos pouco em educação. Estamos pagando hoje essa conta. Vários setores da indústria sofrem pela falta de mão de obra qualificada. E não estou falando apenas de engenheiros ou matemáticos, mas de trabalhadores que têm difculdade em atividades básicas, como ler uma planilha."
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8. Educação - Marco Stefanini
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8/30 (Germano Luders, EXAME)
Presidente da Stefanini
Setor: indústria digital "O Brasil se tornou um país caro antes de ficar rico. O resultado é que tudo é caro, mas boa parte da população ainda é pobre. Para resolver isso, é preciso investir em educação. Só assim conseguiremos dar o salto de produtividade que tornará o país mais eficiente e mais competitivo."
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9. Educação - Pedro Passos
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9/30 (Marcelo Spatafora)
Sócio da Natura
Setor: bens de consumo "O capital humano é o fator mais importante para um país se desenvolver. Por isso, investir em educação é uma questão inescapável. Todo o resto vem em decorrência de uma população mais bem-educada. Investir em educação é elevar o nível de cidadania e impulsionar a inovação, a produtividade e, no fim das contas, a competitividade do país. Hoje, por causa dessa lacuna, não conseguimos competir com outros países. O próximo governo precisará mostrar, assim que assumir, qual será a política educacional para os próximos anos."
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10. Educação - Marcio Kumruian
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10/30 (Germano Lüders/EXAME)
Presidente da Netshoes
Setor: varejo "O mercado de internet do Brasil é o quinto maior do mundo, mas eu demoro até oito meses para conseguir um bom engenheiro de software ou um profissional que tenha estudado sites de internet. O brasileiro é criativo e gosta de navegar na rede. Se combinarmos esse potencial com educação de qualidade e capacidade de se adequar aos novos tempos, teremos um diferencial competitivo."
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11. Educação - Theo Van Der Loo
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11/30 (Germano Lüders/EXAME)
Presidente da Bayer
Setor: química e petroquímica "O fomento à educação deveria ser um dos pilares de qualquer governo. Os países desenvolvidos criaram uma sociedade mais justa porque desenvolveram as pessoas, tornando-as mais conscientes, antenadas com as tendências do mercado e preparadas para exercer um papel no mundo cada vez mais competitivo. Para o Brasil, mais educação significaria também menos crianças de rua, menos violência e redução no uso de drogas."
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12. Educação - Cleber Morais
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12/30 (Divulgação)
Presidente da Bematech
Setor: indústria digital "Hoje, eu tenho 100 vagas em aberto, o que equivale a 8% da minha força de trabalho. Não acho a mão de obra no mercado, mesmo fazendo parceria com universidades do Brasil inteiro. É uma pena, porque o país poderia ser uma das maiores potências na área de serviços de tecnologia se investisse em educação voltada para essa área."
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13. Gestão Pública - Cledorvino Bellini
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13/30 (Germano Lüders/EXAME.com)
Presidente da Fiat
Setor: autoindústria "Numa grande empresa, o gestor está constantemente observando quem cria valor e quem não cria, e o bom empregado é premiado. O sistema é completamente meritocrático. O objetivo é sempre entregar mais com menos recursos e há uma obsessão constante por eficiência. O setor público não faz isso. E ainda incha a máquina. Uma vez eu estava em um ministério e contei: havia um empregado para fazer o cafezinho e dois para servir. Uma ineficiência visível. Se uma empresa funcionasse como o Estado, ela estaria falida."
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14. Gestão Pública - Mauricio Harger
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14/30 (EXAME.COM)
Presidente da Mexichem
Setor: construção "Somente com uma administração pública eficiente, com metas de desempenho e produtividade, será possível realizar outras reformas no país. Um governo com boa gestão tem menos burocracia, gera mais recursos para investir e passa credibilidade aos agentes privados. Isso cria um ambiente mais favorável ao crescimento da economia."
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15. Gestão Pública - Fernando Borges
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15/30 (Paulo Fridman/Bloomberg/Bloomberg)
Presidente do Carlyle
Setor: fundo de investimento "O que mais encontro no Brasil são empresas que precisam de um reforço de executivos competentes para deslanchar. É o caso do governo. A máquina pública precisa ganhar a eficiência de uma grande empresa. Enquanto não for assim, eu não invisto em nenhum setor que seja regulado demais pelo governo."
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16. Gestão Pública -Walter Schalka
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16/30 (Suzano/Divulgação)
Presidente da Suzano
Setor: papel e celulose "As ineficiências do governo para licitar obras e para liberar licenças já entram como um elemento normal na viabilização de um projeto, mas ao longo do tempo isso faz com que as empresas brasileiras percam competitividade. Eu sinto falta das ideias de Hélio Beltrão, o antigo ministro da Desburocratização. Elas seriam muito úteis nos dias de hoje."
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17. Gestão Pública - Patrice Etlin
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17/30 (Divulgação/BM&FBovespa)
Presidente da Advent
Setor: fundo de investimento "Os editais de infraestrutura costumam sair tortos, cheios de falhas e vivem sendo questionados pelo Tribunal de Contas da União. É uma questão de competência de gestão, que falta a muitos órgãos do governo. Quando eles se articulam, como a Secretaria de Aviação Civil fez com o TCU para os editais dos aeroportos, as obras saem e a iniciativa privada é atraída."
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18. Gestão Pública - José Olympio Pereira
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18/30 (Germano Lüders/EXAME)
Presidente do banco Credit Suisse
Setor: financeiro "O Brasil precisa de um presidente que comunique claramente à população a necessidade de implantar a meritocracia no setor público e que se empenhe em ajudar a mudar esse viés socialista que contamina a opinião pública. O Estado é inefciente e tem de parar de atrapalhar o setor privado."
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19. Infraestrutura - Michael Klein
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19/30 (Germano Lüders/EXAME.com)
Sócio da Via Varejo
Setor: varejo "A logística no Brasil é muito mal planejada. Nos Estados Unidos, todos os aviões de carga se dirigem para o centro do país e de lá os produtos são distribuídos. Aqui, um cargueiro que sai de Manaus tem de seguir para São Paulo antes de ir a Recife. O presidente Juscelino tinha pensado, 60 anos atrás, em tornar a região de Brasília um hub, com escoamento pelos rios Tocantins e Araguaia, por exemplo. Até hoje isso não vingou."
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20. Infraestrutura - Sérgio Rial
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20/30 (Divulgação)
Presidente da Marfrig
Setor: bens de consumo "O Brasil é a única nação tropical que é uma potência agroindustrial. Somos muito competitivos nesse setor. Nossa vocação é assumir um protagonismo mundial no agronegócio. Para aproveitarmos mais nossas vantagens comparativas, precisamos de uma infraestrutura de qualidade. Hoje temos estrutura de país pobre."
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21. Infraestrutura - Roberto Cortes
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21/30 (Guenter Schiffmann/Bloomberg)
Presidente da MAN
Setor: autoindústria "A China e a Índia avançaram puxadas pelos investimentos em infraestrutura. Nós não. Por isso, os chineses cresceram à média de 9% a 10% ao ano por muito tempo, e nós, de 2% a 3%. Gastamos mais do que os concorrentes com logística e perdemos competitividade."
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22. Infraestrutura - José Carlos Grubisich
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22/30 (EXAME.COM)
Presidente da Eldorado
Setor: papel e celulose "O modal mais eficiente é o ferroviário. Não no Brasil. Aqui os trens são mais lentos, e o frete é mais caro, igual ao custo do caminhão. Uma opção seriam as hidrovias, mas não investimos nelas. No fim das contas, meu custo de logística chega a 20% do faturamento. O custo de meus concorrentes globais fica entre 10% e 12%."
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23. Infraestrutura - Julian Thomas
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23/30 (EXAME.COM)
Presidente da Hamburg Süd
Setor: serviços "A infraestrutura atual é um imenso sugador de eficiência do setor produtivo brasileiro. Investindo hoje, seremos mais competitivos dentro de cinco a dez anos. Para isso, o governo precisa aceitar a atuação do setor privado."
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24. Infraestrutura - Wilson Ferreira Junior
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24/30 (Divulgação/CPFL)
Presidente da CPFL
Setor: energia "Para resolver o problema da infraestrutura, precisamos atrair os investidores. Isso depende de taxas de retorno atrativas, segurança jurídica e financiamento de longo prazo. Deixamos a desejar. O BNDES sozinho não consegue dar conta. Precisamos de um mercado de capitais desenvolvido para atender a demanda. Também é fundamental ter regras claras. Por sua falta, a judicialização na infraestrutura é vasta. Resultado: muitas obras atrasam e acabam custando mais."
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25. Tributário - Rogelio Golfarb
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25/30 (Divulgação/Ford)
Presidente da Ford
Setor: autoindústria "Regras demais e que mudam toda hora dão brecha para interpretações diversas no sistema tributário brasileiro. O resultado é que as empresas estão sempre envolvidas em alguma disputa judicial com o Fisco. Tudo isso representa custos — de equipes para lidar com tributos a advogados. São recursos perdidos que poderiam ser usados na produção."
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26. Tributário - Jorge Gerdau
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26/30 (EXAME)
Presidente do conselho de administração da Gerdau
Setor: siderurgia e metalurgia "A Gerdau tem operações industriais em 14 países e, em todos, com exceção do Brasil, trabalha com tributos não cumulativos. Atualmente, as legislações estaduais e federal referentes aos tributos geram burocracia e custos. É como se nossas empresas participassem de uma maratona carregando uma mochila de 40 quilos; e os competidores, não.”
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27. Tributário - José Galló
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27/30 (Fabiano Accorsi / EXAME)
Presidente da Renner
Setor: varejo "Nossos fornecedores de costura se dividem em dezenas de pequenas empresas com faturamento de até 3,6 milhões de reais porque o custo tributário é menor até essa faixa. Mas o ideal seria constituir empresas com tamanho que permitisse a compra de máquinas modernas, proporcionando ganhos de escala. O sistema tributário brasileiro inibe o crescimento das empresas e, no fim das contas, diminui a produtividade de todo o setor."
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28. Tributário - Anderson Birman
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28/30 (Marcel Salim/EXAME.com)
Presidente do conselho de administração da Arezzo
Setor: têxtil "Nossa marca Schultz abriu sua primeira loja nos Estados Unidos em 2012. Além de ser o maior mercado do mundo, a burocracia lá é muito menor, o sistema tributário é mais simples e, portanto, é mais fácil apurar os resultados das vendas. Eu fico muito mais estimulado a crescer lá do que aqui."
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29. Tributário - Fernando Alves
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29/30 (EXAME.COM)
Presidente da PwC
Setor: serviços "Fazer a reforma tributária é o primeiro passo para viabilizarmos um projeto de país. O sistema hoje é caro e complexo. Temos um sócio, que é o Estado, que fica com 40% dos lucros e não entrega serviços de qualidade. Mexer nisso implica rever o tamanho do Estado e melhorar sua eficiência.”
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30. Segurança Pública - Eugênio Mattar
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30/30 (Leo Drummond/EXAME.com)
Presidente da Localiza
Setor: serviços
"Nossa empresa perde mais de 60 milhões de reais por ano com veículos roubados. Além disso, temos um gasto substancial com segurança privada e circuitos internos de TV. Muita gente vê isso como um custo natural, mas, nas minhas lojas do Uruguai e do Chile, eu não gasto dinheiro com esse tipo de aparato. É um dado que entra na minha equação quando decido abrir uma nova loja."