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PMDB deve chegar ao poder pela via popular, diz Paes

O prefeito do Rio de Janeiro afirmou que está envergonhado com algumas atitudes de seu partido e declarou que o PMDB deve chegar ao poder pela via popular

O prefeito Eduardo Paes: prefeito do Rio posicionou-se contra o impeachment de Dilma (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2015 às 17h57.

Rio de Janeiro - Um dos peemedebistas que têm declarado publicamente apoio à presidente Dilma Rousseff contra um processo de impeachment, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes , afirmou nesta segunda-feira que está envergonhado com algumas atitudes de seu partido e declarou que o PMDB deve chegar ao poder pela via popular.

“O PMDB assumiu em 2014 uma chapa com a presidente e em 2018 deve ter candidatura própria, e acho que o PMDB deve chegar ao poder pela via popular, algo tão caro ao PMDB”, afirmou Paes a jornalistas.

O prefeito do Rio posicionou-se contra o impedimento de Dilma, cujo processo foi deflagrado após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo em julho, ter acatado um pedido de abertura do procedimento de impeachment.

Em um eventual impeachment de Dilma, o vice-presidente Michel Temer, que preside o PMDB, assumiria o poder.

Paralelamente à possível abertura de um processo de impedimento de Dilma na Câmara, parte do PMDB vem defendendo um desembarque da legenda da base do governo e trabalha para antecipar a convenção do partido, prevista para março, para debater uma eventual saída.

“O PMDB não tem há muito tempo posição unânime em relação a absolutamente nada. O PMDB tem um histórico de defesa da democracia, das instituições e tem relação direta com a redemocratização do Brasil, e a gente espera que essa marca continue nos orgulhando como pemedebistas”, declarou.

A relação com o maior partido da base, que já expunha fissuras, ficou ainda mais tensionada na semana passada depois que veio a público carta de Temer enviada a Dilma em que o vice deixou claro seu descontentamento com a posição que ocupa no governo.

Paes também criticou a decisão do partido de tirar o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) da liderança do partido na Câmara. A troca de Picciani pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) foi uma ato de violência, segundo Paes.

“O que foi feito foi uma violência porque tinha uma eleição marcada para fevereiro e de novo desrespeitou os valores institucionais que são caros ao partido. Essas atitudes de levar as coisas na mão grande é que são ruins para o PMDB”, avaliou o prefeito. Paes afirmou que vai seguir trabalhando para apoiar a volta de Picciani à liderança do PMDB na Câmara.

PREFEITOS: APOIO A DILMA

Paes participa nesta segunda-feira de uma reunião de prefeitos em Brasília em apoio a Dilma e contra o impeachment.

Segundo Paes, o ato tem apoio de até 15 prefeitos de capitais e, ao final do encontro, será divulgada uma carta de solidariedade à presidente.

“A ideia é apresentar o apoio e contrariedade ao impeachment. Não é ser aliado ou não, mas de respeito às instituições brasileiras e não há nada que leve a crime de responsabilidade", disse Paes.

"Esse processo (de impeachment) foi aberto em meio a uma barganha política”, afirmou.

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Rio de Janeiro - Um dos peemedebistas que têm declarado publicamente apoio à presidente Dilma Rousseff contra um processo de impeachment, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes , afirmou nesta segunda-feira que está envergonhado com algumas atitudes de seu partido e declarou que o PMDB deve chegar ao poder pela via popular.

“O PMDB assumiu em 2014 uma chapa com a presidente e em 2018 deve ter candidatura própria, e acho que o PMDB deve chegar ao poder pela via popular, algo tão caro ao PMDB”, afirmou Paes a jornalistas.

O prefeito do Rio posicionou-se contra o impedimento de Dilma, cujo processo foi deflagrado após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que rompeu com o governo em julho, ter acatado um pedido de abertura do procedimento de impeachment.

Em um eventual impeachment de Dilma, o vice-presidente Michel Temer, que preside o PMDB, assumiria o poder.

Paralelamente à possível abertura de um processo de impedimento de Dilma na Câmara, parte do PMDB vem defendendo um desembarque da legenda da base do governo e trabalha para antecipar a convenção do partido, prevista para março, para debater uma eventual saída.

“O PMDB não tem há muito tempo posição unânime em relação a absolutamente nada. O PMDB tem um histórico de defesa da democracia, das instituições e tem relação direta com a redemocratização do Brasil, e a gente espera que essa marca continue nos orgulhando como pemedebistas”, declarou.

A relação com o maior partido da base, que já expunha fissuras, ficou ainda mais tensionada na semana passada depois que veio a público carta de Temer enviada a Dilma em que o vice deixou claro seu descontentamento com a posição que ocupa no governo.

Paes também criticou a decisão do partido de tirar o deputado federal Leonardo Picciani (PMDB-RJ) da liderança do partido na Câmara. A troca de Picciani pelo deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG) foi uma ato de violência, segundo Paes.

“O que foi feito foi uma violência porque tinha uma eleição marcada para fevereiro e de novo desrespeitou os valores institucionais que são caros ao partido. Essas atitudes de levar as coisas na mão grande é que são ruins para o PMDB”, avaliou o prefeito. Paes afirmou que vai seguir trabalhando para apoiar a volta de Picciani à liderança do PMDB na Câmara.

PREFEITOS: APOIO A DILMA

Paes participa nesta segunda-feira de uma reunião de prefeitos em Brasília em apoio a Dilma e contra o impeachment.

Segundo Paes, o ato tem apoio de até 15 prefeitos de capitais e, ao final do encontro, será divulgada uma carta de solidariedade à presidente.

“A ideia é apresentar o apoio e contrariedade ao impeachment. Não é ser aliado ou não, mas de respeito às instituições brasileiras e não há nada que leve a crime de responsabilidade", disse Paes.

"Esse processo (de impeachment) foi aberto em meio a uma barganha política”, afirmou.

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