Renan Calheiros (PMDB): senadores do PSDB dizem não acreditar que haverá retaliação (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2015 às 20h23.
Brasília - O PMDB estuda a possibilidade de retaliar o PSDB e deixar o partido sem nenhum cargo na Mesa do Senado após os tucanos terem apoiado a candidatura de Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) à presidência da Casa.
Com a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, disse que o partido ainda iria conversar sobre o assunto e que tomaria uma decisão até terça-feira, 3.
Pela regra da proporcionalidade que costuma ser seguida no Senado, os tucanos, que têm a terceira maior bancada da Casa com 11 senadores, teriam direito de ficar com a 1ª secretaria.
"Como eles não respeitaram a regra da proporcionalidade, nós também não precisamos respeitar", disse Eunício, em referência ao fato de os tucanos não terem apoiado Renan, nome oficial indicado pela bancada do PMDB.
Os senadores do PSDB, no entanto, dizem não acreditar que haverá retaliação.
"Não imagino o Renan excluindo a oposição da Mesa. Não seria um bom sinal em começo de mandato", disse Álvaro Dias (PR).
Segundo ele, o nome indicado pelo partido deve ser o da senadora Lúcia Vânia (GO) ou do senador Paulo Bauer (SC).
Além da presidência, o PMDB, por ser a maior bancada da casa, tem o direito de indicar outros dois nomes.
O partido já definiu que o senador Romero Jucá vai ser reconduzido para ocupar a 2º vice-presidência e ainda define o nome para suplência.
Já o PT, segunda maior bancada, deve indicar que Jorge Viana (PT) e Angela Portela (RR) continuem nos cargos que ocupavam, a primeira vice-presidência e a segunda secretaria, respectivamente.