Rio cria batalhão para lidar com protestos na Copa
Segundo secretário, novo batalhão conta com cerca de 500 homens mais especializados nas relações interpessoais
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2014 às 15h34.
Rio de Janeiro - Depois dos confrontos entre policiais e manifestantes nos protestos de rua do ano passado, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro decidiu criar um batalhão especial para os grandes eventos que o Rio vai receber, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, com o objetivo de evitar os excessos cometidos na onda de protestos de 2013.
Em entrevista à Reuters nesta quarta-feira, o subsecretário de grandes eventos da secretaria, Roberto Alzir, avaliou que os protestos de rua serão inevitáveis durante o Mundial deste ano, tendo em vista a importância e a visibilidade do evento.
"Queremos criar uma cultura na PM e um modelo operacional com uma resposta mais qualificada", disse.
O novo batalhão, criado neste ano pelo governo do Estado, conta com cerca de 500 homens mais especializados nas relações interpessoais. "É importante ter um efetivo policial com foco específico em grandes eventos e partidas de futebol, além das manifestações públicas. Estamos falando de uma realidade constante do Rio de Janeiro", disse Alzir.
O ponto de partida dos protestos em 2013 foi o anúncio de um aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus urbano do Rio de Janeiro e de outras capitais Manifestantes foram às ruas para protestar contra o aumento e cobrar das autoridades melhoria na qualidade dos serviços públicos. O movimento ganhou força e apoio de vários grupos, muitos deles sem lideranças claras, o que dificultou a atuação das autoridades.
Uma das novas atribuições da novo batalhão, junto com a Secretaria de Segurança, será acompanhar e monitorar supostos líderes dos movimentos que podem estar à frente dos protestos neste ano.
No ano passado, antes da existência do novo batalhão, a PM do Rio de Janeiro lançou mão de policiais de diversas unidades e com diferentes formações, entre eles homens usados em situações críticas, como no combate ao tráfico de drogas em favelas, casos do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Este "erro", não será repetido, segundo Alzir.
"As manifestações foram tão agudas, intensas e duradouras, que tivemos que usar praticamente todo o efetivo da região metropolitana e botamos no front gente que não estava acostumada a ir para a rua e nem a lidar com uma situação tão delicada", declarou o subsecretário.
Alzir vê com um pouco mais de tranquilidade a relação entre policiais e manifestantes durante o Mundial desse ano. Segundo ele, agora os policiais estão sendo qualificados e recebendo melhor preparação para lidar de maneira mais harmoniosa e menos truculenta com os manifestantes.
"Teremos uma tropa na Copa mais habilidosa, mais preparada, com perfil psicológico e mental mais adequados, além de equipamentos e tática mais voltada para isso", disse ele.
"Acho que dessa forma evitaremos excessos, abusos. Limitaremos a abrangência dessas manifestações e menos confrontos também. Quanto mais técnica, equipamento e preparo menor é a necessidade do uso de força", complementou.
Ele espera que o processo de aprendizagem valha também para os manifestantes e sociedade em geral. "Os dois lados aprenderam na nova realidade... ambos amadurecendo."
Rio de Janeiro - Depois dos confrontos entre policiais e manifestantes nos protestos de rua do ano passado, a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro decidiu criar um batalhão especial para os grandes eventos que o Rio vai receber, como a Copa do Mundo e a Olimpíada, com o objetivo de evitar os excessos cometidos na onda de protestos de 2013.
Em entrevista à Reuters nesta quarta-feira, o subsecretário de grandes eventos da secretaria, Roberto Alzir, avaliou que os protestos de rua serão inevitáveis durante o Mundial deste ano, tendo em vista a importância e a visibilidade do evento.
"Queremos criar uma cultura na PM e um modelo operacional com uma resposta mais qualificada", disse.
O novo batalhão, criado neste ano pelo governo do Estado, conta com cerca de 500 homens mais especializados nas relações interpessoais. "É importante ter um efetivo policial com foco específico em grandes eventos e partidas de futebol, além das manifestações públicas. Estamos falando de uma realidade constante do Rio de Janeiro", disse Alzir.
O ponto de partida dos protestos em 2013 foi o anúncio de um aumento de 20 centavos na tarifa de ônibus urbano do Rio de Janeiro e de outras capitais Manifestantes foram às ruas para protestar contra o aumento e cobrar das autoridades melhoria na qualidade dos serviços públicos. O movimento ganhou força e apoio de vários grupos, muitos deles sem lideranças claras, o que dificultou a atuação das autoridades.
Uma das novas atribuições da novo batalhão, junto com a Secretaria de Segurança, será acompanhar e monitorar supostos líderes dos movimentos que podem estar à frente dos protestos neste ano.
No ano passado, antes da existência do novo batalhão, a PM do Rio de Janeiro lançou mão de policiais de diversas unidades e com diferentes formações, entre eles homens usados em situações críticas, como no combate ao tráfico de drogas em favelas, casos do Batalhão de Choque e do Bope (Batalhão de Operações Especiais). Este "erro", não será repetido, segundo Alzir.
"As manifestações foram tão agudas, intensas e duradouras, que tivemos que usar praticamente todo o efetivo da região metropolitana e botamos no front gente que não estava acostumada a ir para a rua e nem a lidar com uma situação tão delicada", declarou o subsecretário.
Alzir vê com um pouco mais de tranquilidade a relação entre policiais e manifestantes durante o Mundial desse ano. Segundo ele, agora os policiais estão sendo qualificados e recebendo melhor preparação para lidar de maneira mais harmoniosa e menos truculenta com os manifestantes.
"Teremos uma tropa na Copa mais habilidosa, mais preparada, com perfil psicológico e mental mais adequados, além de equipamentos e tática mais voltada para isso", disse ele.
"Acho que dessa forma evitaremos excessos, abusos. Limitaremos a abrangência dessas manifestações e menos confrontos também. Quanto mais técnica, equipamento e preparo menor é a necessidade do uso de força", complementou.
Ele espera que o processo de aprendizagem valha também para os manifestantes e sociedade em geral. "Os dois lados aprenderam na nova realidade... ambos amadurecendo."