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PM de São Paulo cria comando exclusivo para atuar na Copa

Polícia Militar criou um comando especial para tentar garantir a segurança da população, dos turistas e dos torcedores durante a Copa


	Polícia militar de SP: segundo capitão, haverá mais policiais nas ruas durante a Copa
 (Nacho Doce/Reuters)

Polícia militar de SP: segundo capitão, haverá mais policiais nas ruas durante a Copa (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 09h49.

São Paulo - Para garantir a segurança da população, dos turistas e dos torcedores durante a Copa do Mundo em São Paulo, a Polícia Militar (PM) criou um comando especial - o Comando de Policiamento Copa (CPCopa), que conta com efetivo de 4.265 policiais.

O comando começou a atuar na cidade no dia 20 de maio.

Durante dois meses, o CPCopa vai atuar reforçando o monitoramento em 40 pontos específicos da cidade, tais como a Arena Corinthians (Itaquerão); o Aeroporto Internacional de Guarulhos; oito hotéis onde ficarão instaladas as delegações, chefes de Estado e representantes da Fifa; cinco centros de treinamento da capital; algumas estações de metrô e de trem; além de pontos turísticos da capital paulista como o Museu de Arte de São Paulo (Masp), o Museu do Futebol (no Estádio do Pacaembu), o Teatro Municipal e a Praça da Sé.

O efetivo foi distribuído em três batalhões: o 1º Batalhão Copa será formado por 735 policiais que vão cuidar da Arena Corinthians.

O 2º batalhão vai atuar com 2,6 mil policiais na Fan Fest, evento promocional da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Já o 3º batalhão terá 930 policiais que farão o policiamento nos hotéis e nas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do metrô.

Segundo o capitão da Polícia Militar de São Paulo Sérgio Marques, haverá mais policiais nas ruas durante a Copa.

“Nos meses de junho e de julho, os afastamentos regulares da Polícia Militar, como férias, serão suspensos para que mais policiais militares possam atender à demanda de segurança pública durante a Copa do Mundo.”

Durante os jogos, esse comando também ficará responsável por garantir a segurança das autoridades, com batedores e escolta.

Só no dia de abertura, citou Marques, 120 escoltas serão realizadas na capital paulista. 

O CPCopa vai atuar também nas Fans Fest, que devem reunir cerca de 40 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, e nas Public View, eventos que serão organizados pela prefeitura com shows e exibição de jogos em diversos pontos da capital e com previsão de reunir 10 mil pessoas.


Além desse efetivo, policiais do comando de policiamento de trânsito, de choque, de regimento de cavalaria, da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do canil atenderão as ocorrências policiais em toda a cidade.

Segundo ele, a Força Nacional não atuará em São Paulo.

De acordo com Marques, a população da capital não será prejudicada durante a Copa do Mundo.

“As demandas efetivas sobre Copa do Mundo serão atendidas por esse grupo do CPCopa. Não haverá nenhum prejuízo para o cidadão. Os 93 mil homens e mulheres da Polícia Militar do estado de São Paulo estarão à disposição da população nos 645 municípios do estado”, disse.

Dentro dos estádios, a segurança será feita por uma guarda privada, contratada pela Fifa. A PM também vai atuar com 160 homens do 2º Batalhão de Choque no local para casos de “quebra da ordem pública”, tais como brigas generalizadas.

Esses policiais ficarão na sala de pronta resposta e só serão acionados em duas situações: “Se os seguranças privados da Fifa não atenderem à demanda ou se houver uma grave quebra da ordem generalizada no estádio, ou seja, briga”, explicou Marques.

Segundo ele, também haverá 141 policiais militares do Corpo de Bombeiros no interior do estádio para alguma eventualidade.

“Um clássico paulista é mais tenso, no aspecto de segurança pública, do que os próprios jogos que serão realizados durante a Copa do Mundo. Mesmo assim, a Polícia Militar não pode estar despreparada”, ressaltou.

A PM está preparada até mesmo para uma ação terrorista. “No Brasil, a ação terrorista é raríssima, praticamente desprezível, mas não temos o direito de permanecermos um minuto despreparados. Por isso, a preparação foi intensa”, disse Marques, em entrevista à Agência Brasil.

No caso de manifestações, ele alertou que é preciso distinguir o que é protesto e o que é ação criminosa.

“A manifestação é ato garantido pela Constituição, ou seja, é direito do cidadão. Então, a PM estará presente para garantir esse direito. Mas, a partir do momento em que ações de pessoas isoladas ameaçarem outras pessoas e causarem danos ao patrimônio público ou privado, a Polícia Militar tem que atuar com intuito maior de estabelecer a ordem, dentro dos parâmetros que a lei estabelece”.

No Brasil, o número de telefone para emergências é o 190, mas, segundo Marques, a Polícia Militar paulista fez adaptações para atender casos em que o turista disque 911 (número de emergência nos Estados Unidos) ou 112 (número usado na Europa).

Além disso, o serviço contará com intérpretes das línguas inglesa e espanhola e, eventualmente, das línguas japonesa e italiana.

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