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"Planos B" de Lula evitam se colocar como alternativa ao Planalto

Jaques Wagner e Fernando Haddad disseram que o partido não trabalha com a possibilidade de Lula não concorrer às eleições deste ano

Lula e Haddad: "o PT só aposta no presidente Lula. Não há outra discussão no partido", disse o ex-prefeito de SP (Ricardo Stuckert/Divulgação)

Lula e Haddad: "o PT só aposta no presidente Lula. Não há outra discussão no partido", disse o ex-prefeito de SP (Ricardo Stuckert/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2018 às 10h12.

Última atualização em 12 de abril de 2018 às 10h52.

Curitiba - Apontados como possíveis substitutos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad afirmaram nesta quarta-feira, 11, em Curitiba, que o PT não trabalha com a possibilidade de um "plano B" na campanha.

"O PT só aposta no presidente Lula. Não há outra discussão no partido. No dia 15 de agosto, o PT vai registrar a candidatura em qualquer circunstância. Não há debate que não seja esse", disse Haddad, em entrevista coletiva após visitar o acampamento "Lula Livre", nas imediações do prédio da PF onde Lula está preso.

A Lei da Ficha Limpa, no entanto, prevê que políticos condenados por órgão colegiado, como é o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em crimes como corrupção e lavagem de dinheiro não podem disputar eleições. Mesmo assim, Haddad disse que, em agosto, o PT tem "um encontro marcado com a Justiça Eleitoral".

Também em visita ao acampamento, Wagner afirmou que seu plano é "L de Lula". "Eu sempre conversei com o Lula e com os companheiros da direção nacional do partido que qualquer discussão no âmbito do PT significa concordar com a interdição da candidatura do Lula.

Então, entendo que não é hora de ficar construindo plano A, B, C ou D. Eu gosto de dizer que sou plano L, de Lula. Ou plano U, de único candidato para mim", disse o ex-governador da Bahia.

Ao analisar o quadro eleitoral sem Lula, Wagner avaliou que a transferência de votos para outro candidato à Presidência deve ser vista com ressalvas. "Eu já vi o Lula apoiar gente e não ser eleito para governador, prefeito. Então, não é tão automático", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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