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Plano antienchente de Doria e Alckmin terá obras depois do verão

Em material divulgado pela gestão do prefeito João Doria, as obras são anunciadas como "de curto e médio prazo" para minimizar os alagamentos

Enchentes: a gestão Doria gastou pouco mais da metade (56%) da verba para serviços rotineiros de manutenção do sistema de drenagem das chuvas (Nacho Doce/Reuters)

Enchentes: a gestão Doria gastou pouco mais da metade (56%) da verba para serviços rotineiros de manutenção do sistema de drenagem das chuvas (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 16h00.

São Paulo - O plano de chuvas de verão anunciado nesta quarta-feira, 29, pela Prefeitura de São Paulo e pelo governo estadual inclui seis obras contra alagamentos, mas somente duas estarão concluídas durante o próximo verão. Em material divulgado pela gestão do prefeito João Doria (PSDB), as obras são anunciadas como "de curto e médio prazo" para minimizar os alagamentos na cidade.

A gestão Doria gastou pouco mais da metade (56%) da verba para serviços rotineiros de manutenção do sistema de drenagem das chuvas, que inclui bocas de lobo, bueiros, córregos e piscinões, como informou o jornal O Estado de S. Paulo. O volume, R$ 84,2 milhões, é o menor desde 2014, em valores corrigidos pela inflação. Além disso, apenas 12% das obras previstas no orçamento para tentar controlar as cheias foi gasto pela administração municipal.

Entre as ações divulgadas no pacote de ações e obras nesta quarta, o minipiscinão Aricanduva, na zona leste, está sendo concluído e tem previsão para ser entregue na próxima estação. Segundo a Prefeitura, a obra vai minimizar os transtornos dos alagamentos na Avenida Aricanduva, na região das rua Manilha, Astarte e João Bueno. O piscinão tem capacidade para armazenar 3,2 mil m². De acordo com a gestão municipal, também estão previstos outros três mini piscinões na região, que devem ter as obras iniciadas em 2018.

Prevista para fevereiro, no fim do verão, está a canalização do córrego dos Alcatrazes, na zona sul da capital. O investimento é de R$ 54,1 milhões. Também na região sul, o piscinão RCO-1, no córrego Cordeiro, na região de Americanópolis tem estimativa de conclusão somente para abril, após o verão.

Segundo o secretário municipal de Serviços e Obras, Marcos Penido, o pôlder da Vila Itaim - bairro da zona leste que costuma ser atingido por enchentes - será iniciado no dia 15 de dezembro.Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou em outubro de 2016, as obras do pôlder tinham previsão de ser iniciadas em janeiro deste ano e entregues em abril do ano que vem. Agora, a construção tem novo prazo: abril de 2019. O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) está realizando as desapropriações de 47 imóveis com 130 famílias.

No pacote divulgado pela Prefeitura e pelo governo, também foi destacada a captação de recursos para galeria do córrego da Mooca, na rua Pindamonhangaba, na zona leste da capital, e o piscinão da Mooca 2. O investimento nas obras da região totaliza R$ 119 milhões.

Já as obras do piscinão do Córrego Ipiranga, que receberam visita de Doria neste domingo, 26, foram iniciadas em agosto e têm previsão de término para o segundo semestre de 2019. O conjunto de obras para conter enchentes na região da Avenida Abraão de Moraes, na zona sul, está orçado em cerca de R$ 160 milhões - desses, R$ 120 milhões são do Ministério das Cidades.

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