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Planalto tenta defender Temer e salvar reforma trabalhista

O governo vende a ideia de que continua trabalhando normalmente, mas fontes confirmam que diversas medidas estão paralisadas

Temer: o governo concentra todos os seus esforços em tentar aprovar a reforma trabalhista (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de junho de 2017 às 21h34.

Brasília - Envolvido na defesa do presidente Michel Temer das acusações de corrupção e obstrução da Justiça, o Palácio do Planalto tem deixado de lado projetos antes considerados essenciais e escorrega para uma paralisia burocrática.

O governo vende a ideia de que continua trabalhando normalmente. No entanto, fontes confirmaram à Reuters que propostas como medida provisória de renegociação do Funrural, a lei que abriria a venda de terras no Brasil para estrangeiros e até mesmo a medida que cria mecanismos para intervenção em empresas concessionárias de serviços públicos -a chamada MP da Oi- não andaram mais.

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"Não há dúvida que algumas coisas pararam. Tem vários projetos nessa situação", confirmou uma das fontes.

Em alguns casos, como a MP da Oi, fontes garantiram que o texto estava nos momentos finais, mas precisava "dos olhos do presidente" e não avançou.

Esta semana, dois eventos com lançamentos na área de educação foram cancelados por Temer depois da apresentação da denúncia.

O governo concentra todos os seus esforços em, além de defender o presidente, tentar aprovar na semana que vem a reforma trabalhista no Senado.

A votação da proposta, avalia uma outra fonte, será a demonstração de que o governo ainda tem algum fôlego.

"O mercado e a sociedade meio que separaram a crise política da economia. A equipe econômica está naturalmente blindada da crise. Mas tudo depende dos sinais", avaliou primeira fonte. "Se não conseguir votar a reforma na CCJ essa semana ou no plenário na semana que vem, aí as coisas podem mudar."

Esquecida em meio à crise e com o próprio governo reconhecendo que não tem fôlego agora, a reforma da Previdência deixou de ser um parâmetro de eficiência do governo. "Houve uma desmobilização, não há dúvida. A Previdência não está no radar por enquanto", disse a segunda fonte.

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