Planalto considera indicar Jucá líder do governo no Senado
Governo provisório de Temer avalia nomear Romero Jucá, exonerado de ministério, como líder do governo no Senado
Da Redação
Publicado em 25 de maio de 2016 às 07h13.
Brasília - O Palácio do Planalto considera dar a liderança do governo no Senado a Romero Jucá , exonerado do Ministério do Planejamento esta semana depois de ser divulgada conversa em que teria sugerido deter a operação Lava Jato , disse à Reuters uma fonte próxima ao presidente interino Michel Temer.
Com quase duas semanas de governo, Temer ainda não definiu quem será o líder na Casa. A disputa estava entre as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS), e resposta foi adiada mais uma vez na segunda-feira, quando o governo foi atropelado pela revelação pelo jornal Folha de S.Paulo das gravações em que Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado sobre um pacto para deter a Lava Jato.
Apesar de oficialmente ainda tratar a volta de Jucá ao Senado como provisória, até que o Ministério Público o eximisse de culpa sobre as denúncias decorrentes da revelação de trechos da conversa com Machado, fontes palacianas confirmaram à Reuters que o senador não volta ao Ministério do Planejamento. A nomeação como líder seria o ponto final da pretensão de que esse retorno ainda poderia ocorrer.
“Ainda não está definido, mas se está considerando sim, pela necessidade que o governo tem de um grande articulador para aprovar as medidas”, disse a fonte.
Considerado um “líder natural”, Jucá já exerceu a posição nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Quando ainda se negociava no Congresso o possível afastamento de Dilma, ao ser questionado se seria líder de novo, Jucá negou. Disse que não iria ser o “eterno líder”.
Mas, no primeiro dia de sua volta ao Senado, já atuou na articulação para aprovação da revisão da meta fiscal.
Há questionamentos se o senador, que já é alvo de inquérito na Lava Jato, teria a mesma capacidade ao enfrentar acusações de tentar interferir na operação e com colegas de diversos partidos pedindo que seja investigado.
O senador nega qualquer tentativa de deter as investigações do esquema de corrupção.
A avaliação no Planalto, no entanto, é que Jucá ajudaria, apesar da Lava Jato. “Apesar da Lava Jato, ele pode ajudar mais do que prejudicar. Não tem ninguém mais informado sobre as medidas do governo e que tenha acesso direto ao presidente”, disse a fonte.
Brasília - O Palácio do Planalto considera dar a liderança do governo no Senado a Romero Jucá , exonerado do Ministério do Planejamento esta semana depois de ser divulgada conversa em que teria sugerido deter a operação Lava Jato , disse à Reuters uma fonte próxima ao presidente interino Michel Temer.
Com quase duas semanas de governo, Temer ainda não definiu quem será o líder na Casa. A disputa estava entre as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS), e resposta foi adiada mais uma vez na segunda-feira, quando o governo foi atropelado pela revelação pelo jornal Folha de S.Paulo das gravações em que Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado sobre um pacto para deter a Lava Jato.
Apesar de oficialmente ainda tratar a volta de Jucá ao Senado como provisória, até que o Ministério Público o eximisse de culpa sobre as denúncias decorrentes da revelação de trechos da conversa com Machado, fontes palacianas confirmaram à Reuters que o senador não volta ao Ministério do Planejamento. A nomeação como líder seria o ponto final da pretensão de que esse retorno ainda poderia ocorrer.
“Ainda não está definido, mas se está considerando sim, pela necessidade que o governo tem de um grande articulador para aprovar as medidas”, disse a fonte.
Considerado um “líder natural”, Jucá já exerceu a posição nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Quando ainda se negociava no Congresso o possível afastamento de Dilma, ao ser questionado se seria líder de novo, Jucá negou. Disse que não iria ser o “eterno líder”.
Mas, no primeiro dia de sua volta ao Senado, já atuou na articulação para aprovação da revisão da meta fiscal.
Há questionamentos se o senador, que já é alvo de inquérito na Lava Jato, teria a mesma capacidade ao enfrentar acusações de tentar interferir na operação e com colegas de diversos partidos pedindo que seja investigado.
O senador nega qualquer tentativa de deter as investigações do esquema de corrupção.
A avaliação no Planalto, no entanto, é que Jucá ajudaria, apesar da Lava Jato. “Apesar da Lava Jato, ele pode ajudar mais do que prejudicar. Não tem ninguém mais informado sobre as medidas do governo e que tenha acesso direto ao presidente”, disse a fonte.