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Planalto considera indicar Jucá  líder do governo no Senado

Governo provisório de Temer avalia nomear Romero Jucá, exonerado de ministério, como líder do governo no Senado


	Romero Jucá: equipe de Temer considera nomear ministro exonerado como líder do governo no Senado
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Romero Jucá: equipe de Temer considera nomear ministro exonerado como líder do governo no Senado (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 07h13.

Brasília - O Palácio do Planalto considera dar a liderança do governo no Senado a Romero Jucá, exonerado do Ministério do Planejamento esta semana depois de ser divulgada conversa em que teria sugerido deter a operação Lava Jato, disse à Reuters uma fonte próxima ao presidente interino Michel Temer.

Com quase duas semanas de governo, Temer ainda não definiu quem será o líder na Casa. A disputa estava entre as senadoras Ana Amélia (PP-RS) e Simone Tebet (PMDB-MS),  e resposta foi adiada mais uma vez na segunda-feira, quando o governo foi atropelado pela revelação pelo jornal Folha de S.Paulo das gravações em que Jucá conversa com o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado sobre um pacto para deter a Lava Jato.

Apesar de oficialmente ainda tratar a volta de Jucá ao Senado como provisória, até que o Ministério Público o eximisse de culpa sobre as denúncias decorrentes da revelação de trechos da conversa com Machado, fontes palacianas confirmaram à Reuters que o senador não volta ao Ministério do Planejamento. A nomeação como líder seria o ponto final da pretensão de que esse retorno ainda poderia ocorrer.

“Ainda não está definido, mas se está considerando sim, pela necessidade que o governo tem de um grande articulador para aprovar as medidas”, disse a fonte.

Considerado um “líder natural”, Jucá já exerceu a posição nos governos de Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Quando ainda se negociava no Congresso o possível afastamento de Dilma, ao ser questionado se seria líder de novo, Jucá negou. Disse que não iria ser o “eterno líder”.

Mas, no primeiro dia de sua volta ao Senado, já atuou na articulação para aprovação da revisão da meta fiscal.

Há questionamentos se o senador, que já é alvo de inquérito na Lava Jato, teria a mesma capacidade ao enfrentar acusações de tentar interferir na operação e com colegas de diversos partidos pedindo que seja investigado.

O senador nega qualquer tentativa de deter as investigações do esquema de corrupção.

A avaliação no Planalto, no entanto, é que Jucá ajudaria, apesar da Lava Jato. “Apesar da Lava Jato, ele pode ajudar mais do que prejudicar. Não tem ninguém mais informado sobre as medidas do governo e que tenha acesso direto ao presidente”, disse a fonte. 

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