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Planalto comemorou manifestações sem violência

Palácio do Planalto comemorou o tom pacífico das manifestações promovidas pela Central Única dos Trabalhadores em todo o país


	Presidente Dilma Rousseff: segundo auxiliares, estava "satisfeita" e "aliviada" com o resultado ao fim do dia
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Presidente Dilma Rousseff: segundo auxiliares, estava "satisfeita" e "aliviada" com o resultado ao fim do dia (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 21h41.

Brasília - O Palácio do Planalto comemorou, na noite desta sexta-feira, 13, o tom pacífico das manifestações promovidas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) em todo o país.

O governo considerou a jornada "na mais perfeita tranquilidade, sem qualquer tipo de confronto".

A presidente Dilma Rousseff foi informada sobre o desenrolar das manifestações durante todo o dia, no Palácio da Alvorada. Segundo auxiliares, estava "satisfeita" e "aliviada"com o resultado ao fim do dia.

Ao mesmo tempo em que acompanhava os acontecimentos, na expectativa de que tudo permanecesse calmo, a presidente Dilma se reuniu com vários ministros para tentar finalizar o pacote anti-corrupção. Dilma quer encaminhar os projetos ao Congresso, imediatamente após as manifestações, como uma espécie de resposta, de contra ofensiva, aos protestos, que em muitas partes do País, no domingo, serão exatamente em repúdio às denúncias de corrupção.

Ao longo desta sexta-feira, a presidente Dilma se reuniu com pelo menos duas vezes com o ministro José Eduardo Cardozo, que usou o seu Centro Integrado de Comando e Controle, coordenado pelo Ministério da Justiça, para monitorar a situação nas principais cidades brasileiras. Uma das reuniões com Cardozo, no entanto, foi para tratar do projeto anti-corrupção, junto com os ministros da Controladoria Geral da União (CGU) e da Advocacia Geral da União (AGU).

O principal temor do Planalto era com as mobilizações em São Paulo. O número de manifestantes que, neste caso, eram a favor do governo, embora questionassem o ajuste econômico, em uma primeira avaliação foi considerado "expressivo e bem maior do que se esperava". Como São Paulo é o maior polo de oposição hoje ao governo federal, havia preocupação de que ali pudessem ocorrer confrontos e que os presentes às manifestações, pró Dilma, tivessem numero inexpressivo.

"Foi exatamente o contrário, o que mostra que a popularidade da presidente não está tão em baixa como a oposição alardeia", disse um interlocutor da presidente.

"O governo estava tão preocupado com a possibilidade de quebra-quebra, com o confronto, que o fato de ter tido manifestação no País inteiro, sem qualquer tipo de problema ou confronto, foi ótimo", disse um ministro.

Para domingo, a expectativa do Planalto é que a mobilização seja nos mesmos moldes da sexta-feira, sem qualquer tipo de confronto ou violência. Pelos dados levantados até agora, o governo acredita que a manifestação será "muito expressiva" em São Paulo, mas "pequena" nos demais estados. "A diferença entre São Paulo e os demais estados será gigantesca", previu um ministro.

Segurança

A assessoria do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) não respondeu se a segurança pessoal da presidente Dilma Rousseff, do Palácio do Planalto e do Palácio da Alvorada já foram ou se serão reforçadas por conta da onda de protestos.

O GSI limitou-se a informar que a segurança dos palácios "é planejada, adequada e executada com o objetivo de manter a integridade dessas instalações, impedindo o acesso de pessoas não autorizadas".

Preocupados com os desdobramentos de uma manifestação pró-impeachment marcada para este domingo em Brasília, em plena Esplanada dos Ministérios, funcionários da Coordenação de Relações Públicas (Corep) do Palácio do Planalto têm recomendado que turistas deixem para fazer em uma outra oportunidade a visita guiada ao edifício.

A visita guiada ao Planalto ocorre apenas aos domingos, das 9h30 às 14h. Neste fim de semana, coincidirá com a realização de um protesto pró-impeachment nas ruas de Brasília, marcado para as 9h30, em frente ao Congresso Nacional, a poucos metros de distância.

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