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Planalto acha desnecessária carta de Temer, diz fonte

Segundo essa fonte, no Planalto há a convicção de que foi a própria Vice-Presidência que vazou o documento para a imprensa


	Michel Temer e Dilma Rousseff no Palácio do Planalto: a manifestação de Temer ocorre no momento em que o partido está dividido sobre o processo de impeachment
 (Ueslei Marcelino/ Reuters)

Michel Temer e Dilma Rousseff no Palácio do Planalto: a manifestação de Temer ocorre no momento em que o partido está dividido sobre o processo de impeachment (Ueslei Marcelino/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 14h07.

Brasília - O Palácio do Planalto avaliou como “desnecessária” a carta do vice-presidente do Michel Temer e acredita que o peemedebista poderia ter abordado suas insatisfações de outras maneiras, disse nesta terça-feira uma fonte do Palácio do Planalto, sob a condição de anonimato.

“Pegou mal”, afirmou essa fonte, acrescentando que a maneira como ocorreu nem combina com o estilo discreto do vice-presidente.

Segundo essa fonte, no Planalto há a convicção de que foi a própria Vice-Presidência que vazou o documento para a imprensa.

Na carta enviada a Dilma, que vazou na segunda-feira, Temer queixa-se da desconfiança do governo em relação a ele e ao PMDB.

O vice destacou na carta à presidente "fatos reveladores da desconfiança que o governo tem em relação a ele e ao PMDB", segundo a Vice-Presidência da República.

Apesar do tom da carta, a avaliação no Planalto é que não defende o rompimento do PMDB com o governo, segundo a fonte, e que a rotina de diálogo com o maior partido da base governista e com o Temer não mudará.

Uma outra fonte palaciana afirmou que a recomendação da Presidência da República é não polemizar e manter "reserva e silêncio sobre a carta".

A manifestação de Temer, que preside o PMDB, ocorre no momento em que o partido está dividido sobre o processo de impeachment contra Dilma.

Um pedido de abertura de processo de impedimento da presidente foi acatado na semana passada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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