PGR volta a pedir prisão de Aécio Neves ao Supremo
O ministro Marco Aurélio negou o primeiro pedido de prisão do tucano e determinou o retorno do parlamentar, no mês passado, às atividades no Senado
Estadão Conteúdo
Publicado em 31 de julho de 2017 às 18h26.
Última atualização em 31 de julho de 2017 às 19h00.
São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente a decretação da prisão do senador Aécio Neves (PSDB).
Em petição ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador sustenta que o tucano pediu e recebeu propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, da JBS.
Janot já havia requerido a prisão de Aécio, inicialmente rejeitada pela Corte. O senador chegou a ser afastado das funções parlamentares, recuperadas pelo tucano por determinação do ministro Marco Aurélio.
O novo pedido do procurador será julgado pelo STF assim que a Corte retomar as atividades, após recesso do Judiciário.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador, mas não obteve resposta. Aécio nega ter cobrado propina da JBS. O senador alega, desde o início do caso, que pediu recursos para bancar despesas com advogados de defesa.
Naquela época, a defesa do senador divulgou a seguinte nota:
"A defesa do senador Aécio Neves reafirma que o dinheiro foi um empréstimo oferecido por Joesley Batista com o objetivo de forjar um crime que lhe permitisse obter o benefício da impunidade penal.
O empréstimo não envolveu dinheiro público e nenhuma contrapartida por parte do senador, não se podendo, portanto, falar em propina ou corrupção.
O senador tem convicção de que as investigações feitas com seriedade e isenção demonstrarão os fatos verdadeiramente ocorridos".