Eduardo Cunha reagiu dizendo que Camargo foi "obrigado a mentir" pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2015 às 21h35.
Brasília - A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que o depoimento prestado, nesta quinta-feira, 16, pelo lobista Júlio Camargo à Justiça Federal do Paraná "não tem qualquer relação" com as investigações em trâmite no Supremo Tribunal Federal, onde há inquéritos abertos para apurar participação de parlamentares, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), no esquema de corrupção na Petrobras.
A PGR destacou que não tem "ingerência" sobre o depoimento.
"A PGR não tem qualquer ingerência sobre a pauta de audiências do Poder Judiciário, tampouco sobre o teor dos depoimentos prestados perante o juiz", informou a procuradoria-geral da República em nota.
Em depoimento, o lobista, que é um dos delatores da Lava Jato, declarou à Justiça que o suposto operador do PMDB no esquema de corrupção da Petrobras, Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, disse que estava sendo pressionado por Cunha para o pagamento de propina e os valores da propina teriam saído de compras de navios-sonda.
Cunha reagiu dizendo que Camargo foi "obrigado a mentir" pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Ele também questionou o fato de o depoimento ter sido prestado ao juiz na primeira instância.
A PGR esclareceu em nota que a audiência referente à ação penal na primeira instância foi marcada pelo juiz federal Sérgio Moro a pedido da defesa de Fernando Baiano.