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PGR pede abertura de inquérito contra Alckmin no STJ

O órgão não informou o teor do pedido por se encontrar sob segredo de Justiça

Alckmin: delatores afirmaram que as campanhas de Alckmin ao governo de São Paulo em 2010 e em 2014 receberam 10,3 milhões de reais em recursos de caixa 2 (José Cruz/Agência Brasil)

Alckmin: delatores afirmaram que as campanhas de Alckmin ao governo de São Paulo em 2010 e em 2014 receberam 10,3 milhões de reais em recursos de caixa 2 (José Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 17h00.

Brasília - A Procuradoria-Geral da República pediu no último dia 22 de novembro a abertura de inquérito contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo a assessoria de imprensa da PGR.

O órgão não informou o teor do pedido por se encontrar sob segredo de Justiça. A assessoria de imprensa do STJ, por sua vez, não informou sequer se o pedido já chegou ao tribunal e se ele foi autorizado ou não -a praxe no tribunal é que inquéritos corram sob segredo de Justiça.

Em abril, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado o envio ao STJ de declarações feitas por executivos da Odebrecht, em delações premiadas, que implicavam Alckmin.

Na ocasião, delatores da empresa afirmaram que as campanhas de Alckmin ao governo de São Paulo em 2010 e em 2014 receberam 10,3 milhões de reais em recursos de caixa 2.

Segundo relatos, um dos repasses, no valor de 400 mil reais, foi recebido pessoalmente por Adhemar César Ribeiro, cunhado do governador.

Ainda assim, não é possível afirmar se o pedido de abertura de investigação da PGR no STJ teria relação com as delações da Odebrecht.

A assessoria de imprensa de Alckmin negou qualquer irregularidade e divulgou a seguinte declaração dele. "Nunca nossa vida pública precisou tanto de transparência e verdade. Confio que a apuração das informações pela Justiça encerrará todas as dúvidas.", disse.

Na véspera se colocou à disposição para presidir o PSDB, depois que o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, desistiram da disputa em nome da unidade partidária.

"Nosso nome está à disposição, se for esse o caminho para unir o partido como instrumento vigoroso de mudança para o país, de trabalho, vamos trabalhar", disse Alckmin, após encontro com Tasso, Perillo e o presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo.

Alckmin também é o nome mais cotado para ser o candidato do partido à Presidência da República na eleição de 2018.

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