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PGR denuncia Geddel e irmão por apropriação de salário de funcionários

A acusação foi feita em inquérito aberto inicialmente para apurar origem de R$ 51 milhões encontrados em 2017 em apartamento da família

Geddel Vieira Lima: ex-ministro e irmão são réus por lavagem de dinheiro e associação criminosa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Geddel Vieira Lima: ex-ministro e irmão são réus por lavagem de dinheiro e associação criminosa (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2018 às 17h18.

Última atualização em 5 de dezembro de 2018 às 17h18.

Brasília - A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 5, denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), e outras seis pessoas sob a acusação de terem embolsado recursos públicos destinados a pagar o salário de servidores lotados no gabinete do parlamentar.

A acusação criminal por peculato foi feita em inquérito aberto inicialmente para apurar outro fato, os 51 milhões de reais encontrados em setembro de 2017 em um apartamento da família Vieira Lima em Salvador.

No ano passado, após a descoberta da montanha de dinheiro, os irmãos foram denunciados por lavagem de dinheiro e associação criminosa, ocasião em que o Ministério Público Federal (MPF) disse que a origem desse recurso era de práticas criminosas como corrupção e peculato.

A nova denúncia do MPF sustenta ter ficado comprovado que uma das 3 partes da origem dos recursos dos 51 milhões de reais descobertos no apartamento em Salvador advinha da apropriação de até 80 por cento dos vencimentos destinados a 5 servidores lotados no gabinete de Lúcio Vieira Lima.

Essa retenção de recursos dos funcionários - estimada na denúncia em 5,2 milhões de reais - ficou comprovada por provas documentais e testemunhais. A defesa dos irmãos Vieira Lima não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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