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PGR cancela negociações para delação com Léo Pinheiro

A determinação veio do procurador-geral da República após vazamento de informações sobre as tratativas entre o empresário e os investigadores da Lava Jato

Léo Pinheiro: no final de semana, a revista Veja revelou que o ministro do STF, Dias Toffoli, é citado na proposta de delação (Luis Macedo/Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2016 às 18h56.

Brasília - A Procuradoria-Geral da República suspendeu as negociações de delação premiada do ex-presidente da OAS , Léo Pinheiro. A informação foi revelada pelo jornal O Globo nesta segunda-feira, 22, e confirmada pela reportagem.

A determinação veio do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, após vazamento de informações sobre as tratativas entre o empresário e os investigadores da Lava Jato.

No final de semana, a revista Veja revelou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, é citado na proposta de delação de Pinheiro.

Segundo investigadores com acesso ao caso, a informação não consta em nenhum anexo - como são chamados os documentos prévios à celebração do acordo de colaboração, nos quais o delator informa o que vai contar.

O vazamento da informação deixou Janot muito incomodado, segundo fontes ligadas à PGR. O vazamento das informações é interpretado pela procuradoria como uma forma de pressão para concluir o acordo, que pode beneficiar Pinheiro.

A delação de Léo Pinheiro tem sido uma das mais complicadas desde o início da investigação, mas nas últimas semanas avançou após a assinatura de um acordo de confidencialidade entre as partes. Agora, as tratativas foram rompidas.

De acordo com a reportagem da revista Veja, Toffoli recorreu a uma empresa indicada por Léo Pinheiro para realizar uma obra em sua casa em Brasília.

Ainda segundo a reportagem, o executivo da OAS informou que o próprio ministro teria custeado as despesas. Ao Estado, Toffoli disse que não possui relação de intimidade com Léo Pinheiro e que pagou pelas reformas realizadas em sua residência.

Texto atualizado às 18h56

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No final de semana, a revista Veja revelou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, é citado na proposta de delação de Pinheiro.

Segundo investigadores com acesso ao caso, a informação não consta em nenhum anexo - como são chamados os documentos prévios à celebração do acordo de colaboração, nos quais o delator informa o que vai contar.

O vazamento da informação deixou Janot muito incomodado, segundo fontes ligadas à PGR. O vazamento das informações é interpretado pela procuradoria como uma forma de pressão para concluir o acordo, que pode beneficiar Pinheiro.

A delação de Léo Pinheiro tem sido uma das mais complicadas desde o início da investigação, mas nas últimas semanas avançou após a assinatura de um acordo de confidencialidade entre as partes. Agora, as tratativas foram rompidas.

De acordo com a reportagem da revista Veja, Toffoli recorreu a uma empresa indicada por Léo Pinheiro para realizar uma obra em sua casa em Brasília.

Ainda segundo a reportagem, o executivo da OAS informou que o próprio ministro teria custeado as despesas. Ao Estado, Toffoli disse que não possui relação de intimidade com Léo Pinheiro e que pagou pelas reformas realizadas em sua residência.

Texto atualizado às 18h56

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