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PF vai pedir imagens de hotel onde teria ocorrido reunião

A Polícia Federal deverá coletar no Hotel Caesar Park, no Rio, imagens relacionadas a reunião que teria sido realizada sobre propina


	Polícia Federal: Luiz Fernando Pezão agiu com Sérgio Cabral para solicitar e receber, ilegalmente, R$ 30 milhões, segundo delator
 (Arquivo/Agência Brasil)

Polícia Federal: Luiz Fernando Pezão agiu com Sérgio Cabral para solicitar e receber, ilegalmente, R$ 30 milhões, segundo delator (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2015 às 21h44.

São Paulo, Brasília e Curitiba - O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), autorizou nesta quinta-feira, 12, as primeiras diligências solicitadas pela Procuradoria-Geral da República, após abertura de inquérito para investigar os governadores do Acre, Tião Viana (PT), e do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Ele determinou a expedição de ofício ao delegado diretor do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, em Brasília, para que cumpra os prazos indicados.

O petista e o peemedebista estão sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, revelado pela Operação Lava Jato.

Entre as diligências, a Polícia Federal deverá coletar no Hotel Caesar Park, em Ipanema, no Rio, informações e documentos - incluindo imagens e registros de entrada e saída - relacionados a uma reunião que teria sido realizada no primeiro semestre de 2010 em um dos quartos, possivelmente locado por Regis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio, governo Sérgio Cabral (PMDB), antecessor de Pezão.

Em depoimento, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa afirmou que Luiz Fernando Pezão agiu com Sérgio Cabral e Régis Fichtner para solicitar e receber, ilegalmente, R$ 30 milhões de empresas contratadas pela estatal petrolífera para construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Segundo a vice-procuradora geral da República, Ela Wiecko, a revelação de que Costa atuava junto às empreiteiras na composição do caixa da campanha eleitoral de 2010 do PMDB está alinhada com o que disse Alberto Youssef.

A PF terá 60 dias para ouvir Sérgio Cabral e Fichtner, além dos executivos Cláudio Lima Freire, da empresa Skanska, José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, da OAS, Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC, César Luiz de Godoy Pereira, da Alusa, Ricardo Ourique Marques, da Techint, Rogério Santos de Araújo e Márcio Faria da Silva, ambos da Odebrecht.

Em 90 dias, a PF deve promover a análise das doações feitas aos comitês financeiros da campanha eleitoral de 2010 para os governos do Rio de Janeiro e do Acre registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de apresentar relação de vínculos com os fatos em apuração.

O ministro Luís Felipe Salomão, do STJ, atendeu solicitação da Procuradoria e desmembrou o caso em dois inquéritos: um sobre Tião Viana e outro que investigará suspeitas contra Pezão, Cabral e Fichtner. Ele também retirou o segredo de Justiça de todos os procedimentos processuais, com exceção dos dados que resultem de quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático.

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