PF vai ouvir ex-diretor da Petrobras sobre caso Pasadena
Polícia Federal vai ouvir Nestor Cerveró sobre o negócio que está sob investigação por suspeita de superfaturamento
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 22h31.
Brasília - A Polícia Federal vai ouvir o ex-diretor da área internacional da Petrobras , Nestor Cerveró, como testemunha sobre o caso da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negócio que está sob investigação por suspeita de superfaturamento. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a disposição de contar sua versão sobre o assunto é que fez a PF decidir ouvi-lo nesta fase do inquérito em que estão sendo reunidos documentos sobre o caso.
Cerveró protocolou ontem na Polícia Federal, na Câmara e no Senado carta na qual se oferece para prestar esclarecimentos. "Estou à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários sobre minha participação, à época, como diretor internacional, bem como sobre toda a tramitação do processo aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras e, ainda, demais fatos que atestam a lisura do meu procedimento", escreveu o ex-diretor.
O executivo foi acusado pela presidente Dilma Rousseff, em nota ao Estado, de ter encaminhado ao conselho de administração, na época presidido por ela, um resumo "técnica e juridicamente falho" sobre a refinaria de Pasadena, que balizou a aprovação do negócio pelo colegiado. A presidente Dilma complementou que se tivesse tido conhecimento de cláusulas do contrato que lhe foram "omitidas" pela diretoria de Cerveró, "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho."
A manifestação da presidente foi em resposta a questionamento do Estado sobre seu voto favorável à compra da refinaria em 2006. Até então, se sabia apenas que o conselho havia aprovado a compra, mas a manifestação dos seus membros a respeito era mantida em sigilo. Havia a possibilidade de a presidente ter se manifestado contra, mas ter sido voto vencido, o que o jornal mostrou que não ocorreu.
Por meio do advogado, Cerveró afirmou hoje que a presidente Dilma Rousseff recebeu cópia de todo o processo envolvendo a refinaria de Pasadena 15 dias antes de ter votado favorável ao negócio, assim como os demais membros do conselho, versão que deve confirmar à PF e ao Congresso. A interlocutores, o ex-diretor afirmou que está disposto a confrontar a presidente da República em nome de sua carreira na Petrobras. Cerveró foi demitido da BR Distribuidora após a nota da presidente Dilma ao Estado.
A investigação da refinaria de Pasadena pela PF foi aberta no início de março, após a Câmara criar uma comissão externa para analisar negócios da empresa. A refinaria já era investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público após a revelação de que custou à Petrobras US$ 1,2 bilhão, quando havia sido comprada um ano antes pela empresa belga Astra Oil por US$ 42,5 milhões. Além da PF, Cerveró também será ouvido pela Câmara. A oposição tenta agendar o depoimento dele na Comissão de Fiscalização e Controle entre os dias 9 e 16 de abril, antes mesmo da instalação da CPI da Petrobras.
Brasília - A Polícia Federal vai ouvir o ex-diretor da área internacional da Petrobras , Nestor Cerveró, como testemunha sobre o caso da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negócio que está sob investigação por suspeita de superfaturamento. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a disposição de contar sua versão sobre o assunto é que fez a PF decidir ouvi-lo nesta fase do inquérito em que estão sendo reunidos documentos sobre o caso.
Cerveró protocolou ontem na Polícia Federal, na Câmara e no Senado carta na qual se oferece para prestar esclarecimentos. "Estou à disposição para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários sobre minha participação, à época, como diretor internacional, bem como sobre toda a tramitação do processo aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras e, ainda, demais fatos que atestam a lisura do meu procedimento", escreveu o ex-diretor.
O executivo foi acusado pela presidente Dilma Rousseff, em nota ao Estado, de ter encaminhado ao conselho de administração, na época presidido por ela, um resumo "técnica e juridicamente falho" sobre a refinaria de Pasadena, que balizou a aprovação do negócio pelo colegiado. A presidente Dilma complementou que se tivesse tido conhecimento de cláusulas do contrato que lhe foram "omitidas" pela diretoria de Cerveró, "seguramente não seriam aprovadas pelo conselho."
A manifestação da presidente foi em resposta a questionamento do Estado sobre seu voto favorável à compra da refinaria em 2006. Até então, se sabia apenas que o conselho havia aprovado a compra, mas a manifestação dos seus membros a respeito era mantida em sigilo. Havia a possibilidade de a presidente ter se manifestado contra, mas ter sido voto vencido, o que o jornal mostrou que não ocorreu.
Por meio do advogado, Cerveró afirmou hoje que a presidente Dilma Rousseff recebeu cópia de todo o processo envolvendo a refinaria de Pasadena 15 dias antes de ter votado favorável ao negócio, assim como os demais membros do conselho, versão que deve confirmar à PF e ao Congresso. A interlocutores, o ex-diretor afirmou que está disposto a confrontar a presidente da República em nome de sua carreira na Petrobras. Cerveró foi demitido da BR Distribuidora após a nota da presidente Dilma ao Estado.
A investigação da refinaria de Pasadena pela PF foi aberta no início de março, após a Câmara criar uma comissão externa para analisar negócios da empresa. A refinaria já era investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público após a revelação de que custou à Petrobras US$ 1,2 bilhão, quando havia sido comprada um ano antes pela empresa belga Astra Oil por US$ 42,5 milhões. Além da PF, Cerveró também será ouvido pela Câmara. A oposição tenta agendar o depoimento dele na Comissão de Fiscalização e Controle entre os dias 9 e 16 de abril, antes mesmo da instalação da CPI da Petrobras.