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PF pede tempo, Lambança com a CIA…

A Polícia Federal pediu mais cinco dias ao STF; E as lambanças do governo não param

JOESLEY BATISTA: PF quer mais tempo para terminar perícia do áudio / Claudio Gatti / VEJA (Claudio Gatti/VEJA)

JOESLEY BATISTA: PF quer mais tempo para terminar perícia do áudio / Claudio Gatti / VEJA (Claudio Gatti/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2017 às 08h54.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h44.

PF pede mais tempo

A Polícia Federal pediu mais cinco dias ao STF para poder terminar as investigações contra o presidente Michel Temer. No relatório parcial das investigações, apresentado ontem, a PF encontrou indícios de crime. O tempo adicional pedido é para o término da perícia no áudio da gravação feita por Joesley Batista com o presidente Temer no palácio do Jaburu.

Lava-Jato “expandiu-se demais”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, atacou nesta segunda-feira o que chamou de “abusos” em investigações. “Investigação sim, abuso não”, defendeu Mendes, durante seminário do Grupo de Líderes Empresariais (Lide) em Pernambuco. Embora tenha falado de uma “importante conquista” da Operação Lava-Jato, o ministro fez duras críticas a juízes e procuradores e chegou a ser aplaudido pela plateia em alguns momentos. “Expandiu-se demais a investigação, além dos limites. Abriu-se inquérito para investigar o que já estava explicado. Qual é o objetivo? É colocar medo nas pessoas. É desacreditá-las. Aí as investigações devem ser questionadas”, disse na palestra. Mendes voltou a criticar a investigação aberta contra os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão e Marcelo Navarro para apurar se Navarro foi nomeado em troca de uma atuação que pudesse obstruir o avanço da Lava-Jato. Ele também disse que nenhum país pode se organizar em termos institucionais e econômicos com o propósito principal de combater a corrupção.

Cunha contradiz Joesley

Em uma nota redigida da prisão, o ex-deputado federal Eduardo Cunha confrontou as afirmações que Joesley Batista concedeu à revista Época. Cunha disse que, ao contrário das afirmações, Joesley tinha uma relação próxima com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse, inclusive, que participou de uma reunião com ambos durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Ele [Joesley] fala que só encontrou o ex-presidente Lula por duas vezes, em 2006 e 2013. Mentira! Ele apenas se esqueceu que promoveu um encontro que durou horas no dia 26 de março de 2016, Sábado de Aleluia, na sua residência […] entre eu, ele e Lula, a pedido de Lula, a fim de discutir o processo de impeachment […] onde pude constatar a relação entre eles e os constantes encontros que eles mantinham”, escreveu o peemedebista. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo.

Lambança com a CIA

As lambanças do governo não param. A agenda de Sergio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional e um dos principais conselheiros de Temer, entrega o encontro do ministro com um agente secreto da CIA. No dia 9 de junho, Etchegoyen se encontrou com Duyane Norman, “traído” pelo governo: “Chefe do Posto da CIA em Brasília”. Em seu LinkedIn, Norman aparece apenas como “political officer” no Departamento de Estado Americano. Dada a descrição de seu posto na internet e a escassez de informações sobre Norman, é natural imaginar que ele gostaria de permanecer desconhecido. Afinal, é prerrogativa de função todo “espião” permanecer anônimo.

Cabral denunciado novamente

Réu em nove processos da Operação Lava-Jato e já condenado a 14 anos e dois meses de prisão pelo juiz federal Sergio Moro, o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) pode ser colocado no banco dos réus pela 11ª vez. O Ministério Público Federal do Rio denunciou à Justiça, na última sexta-feira, Cabral, a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e os operadores Carlos Emanuel de Carvalho Miranda e Luiz Carlos Bezerra por crimes de lavagem de dinheiro na compra de 4,5 milhões de reais em joias na joalheria de luxo H.Stern entre 2009 e 2014. O MPF afirma que o dinheiro utilizado nas aquisições foi pago em propina ao ex-governador pelas empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, responsáveis pelas obras do PAC das Favelas, do Arco Metropolitano, da reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 e da Linha 4 do metrô.

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