PF: os alvos da PF no Pará mantinham relações entre si (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência O Globo
Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 14h42.
Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 14h48.
A Polícia Federal deflagrou uma operação no Pará na manhã desta sexta-feira para cumprir oito mandados de busca e apreensão contra suspeitos de terem financiado atos antidemocráticos que culminaram na invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. Os alvos da ação são classificados como “extremamente perigosos”, pois também teriam planejando ataques a refinarias, portos e aeroportos nos estados.
A investigação teve início a partir das postagens feitas em redes sociais, que, segundo a PF, tinham como objetivo organizar caravanas de manifestantes de todas as regiões do país para realizar atos antidemocráticos em Brasília.
Nas publicações, de acordo com a PF, os organizadores deixavam claro que o objetivo do grupo era promover uma greve geral com a “tomada” dos Três Poderes por meio da invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, e assim instalar uma intervenção militar, o que é inconstitucional.
Os alvos da PF no Pará mantinham relações entre si, segundo a PF, e também teriam planejado obstruções em rodovias federais. “Verificou-se intensa participação de alguns extremistas que se associaram de maneira estável e permanente para incitarem publicamente o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, através do encaminhamento de mensagens pelas redes sociais”.
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Os suspeitos teriam ainda prestado apoio a manifestações antidemocráticas com “emprego de violência e grave ameaça, com o objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito”.
“Eles são suspeitos de aderir, coordenar ou financiar o movimento antidemocrático que invadiu e vandalizou os prédios do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional”, diz a PF, em nota.