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PF faz maior operação do ano contra o tráfico e aprende R$ 400 mi em bens

De acordo com as apurações, a organização criminosa usava 'laranjas' e empresas fictícias para lavar bens e ativos multimilionários no Brasil

PF: "Tal volume de apreensões situa essa organização criminosa como uma das maiores em atuação no País" (Sergio Moraes/Reuters)

PF: "Tal volume de apreensões situa essa organização criminosa como uma das maiores em atuação no País" (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2020 às 09h49.

Última atualização em 23 de novembro de 2020 às 10h25.

A Polícia Federal e a Receita deflagraram na manhã desta segunda-feira, 23, a Operação Enterprise contra a lavagem de dinheiro do tráfico internacional de cocaína. Cerca de 670 policiais federais e mais 30 servidores da Receita Federal cumprem 149 mandados de busca e 66 mandados de prisão nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco.

As ordens foram expedidas pela 14ª Vara Federal de Curitiba.

A Justiça também autorizou o bloqueio de aproximadamente R$ 400 milhões em bens do narcotráfico, incluindo aeronaves, imóveis e veículos de luxo. Segundo informou a PF, o montante é o maior do ano em sequestro patrimonial.

Os agentes fizeram ainda uma parceria com a Interpol para localizar oito investigados no exterior e identificar bens mantidos em outros países. Para isso, os nomes suspeitos foram incluídos na lista de difusão vermelha da organização de polícia internacional.

Durante as investigações, que começaram em 2017, foram apreendidas 50 toneladas de cocaína nos portos do Brasil, da Europa e da África. "Tal volume de apreensões situa essa organização criminosa como uma das maiores em atuação no País", informou a PF.

De acordo com as apurações, a organização criminosa usava 'laranjas' e empresas fictícias para lavar bens e ativos multimilionários no Brasil e dar aparência lícita ao lucro do tráfico.

O nome da operação, "Enterprise", faz alusão à dimensão da organização criminosa investigada, que atua como um grande empreendimento internacional na lavagem de dinheiro e exportação de cocaína.

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