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Polícia Federal faz busca e apreensão em apartamento de Aécio

Operação similar ocorre no endereço de Andrea Neves, irmã de Aécio, que chegou a ser presa em 2017

Imagem de arquivo de Aécio Neves: alvo de mais investigações da Polícia Federal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Imagem de arquivo de Aécio Neves: alvo de mais investigações da Polícia Federal (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de dezembro de 2018 às 07h27.

Última atualização em 11 de dezembro de 2018 às 12h18.

A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã de terça-feira, dia 11, mandado de busca e apreensão no apartamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), eleito deputado federal este ano. A Operação também foi feita no endereço de Andrea Neves, irmã de Aécio, que chegou a ser presa em 2017.

As buscas estão relacionadas à investigação referente à delação premiada de executivos do Grupo J&F. Ao todo, a PF cumpre 24 mandados de busca em investigação envolvendo parlamentares na Operação Ross.

As Operações alcançam mais cinco parlamentares: os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ), Benito Gama (PTB-BA) e senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG).

O objetivo da ação é investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três senadores da República e três deputados federais, entre os anos de 2014 e 2017.

As vantagens teriam sido solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo dos frigoríficos que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada em maio de 2017.

Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os R$ 100 milhões. Suspeita-se que os valores eram recebidos por meio da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.

Aproximadamente 200 policiais federais dão cumprimento aos mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Eles realizam 48 intimações para oitivas.

As medidas estão sendo cumpridas no Distrito Federal e nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá.

São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

O nome da apuração, Ross, faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo - numa alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.

 

 

 

 

 

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