PF desmonta garimpo ilegal em reserva Yanomami
A operação prendeu 26 pessoas acusadas de integrar os grupos criminosos
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 20h20.
Rio de Janeiro - A Polícia Federal desarticulou nesta sexta-feira cinco organizações que extraíam ouro ilegalmente da reserva dos índios Yanomami, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, e que utilizavam onze aviões para transportar o produto e os garimpeiros.
A operação prendeu 26 pessoas acusadas de integrar os grupos criminosos, entre os quais seis proprietários de balsas e motores utilizados na extração do ouro, assim como oito pilotos e um mecânico de aeronaves.
Foram autuadas três empresas em Boa Vista (Roraima) que recebiam o ouro e as pedras preciosas retiradas da reserva, e apreendidos doze veículos 4x4.
A Reserva Yanomami, criada em 1992 e uma das maiores do Brasil, com 96.650 quilômetros quadrados de extensão, abriga cerca de 20 mil índios que ainda vivem em relativo isolamento e sobrevive da caça e da agricultura.
'As investigações, que se prolongaram por cerca de um ano, permitiram identificar cinco grupos criminosos que atuavam para manter o garimpo ilegal e que eram integrados por pilotos, empresários do ramo da joalheria e proprietários de balsas', segundo um comunicado da Polícia Federal.
De acordo com os responsáveis pela Operação Xawara, as organizações utilizavam onze aviões para transportar os garimpeiros, máquinas, alimentos, munição e mercúrio até a reserva indígena e para recolher o ouro extraído do local.
A pedido da Polícia Federal, um juiz suspendeu a autorização de voo dos oito pilotos detidos.
Além de invadir as terras indígenas e explorar ouro ilegalmente, as organizações terão que responder por delitos como evasão de divisas, formação de quadrilha e crimes ambientais devido aos métodos predatórios empregados, que utiliza mercúrio.
'O ouro era extraído dos leitos dos rios mediante o bombeamento do material presente no fundo para a superfície de grandes balsas e mediante a escavação em barrancos, o que provoca um forte impacto ambiental', segundo nota da Polícia Federal.
O juiz responsável pela operação ordenou a detenção de 33 pessoas, oito das quais continuam foragidas, e autorizou buscas em 44 residências, sedes de empresas e fazendas com pistas clandestinas de voo.
A polícia esclareceu que as ordens de detenção por enquanto não foram estendidas aos garimpeiros pois o objetivo da operação é atingir inicialmente as pessoas que financiam as atividades ilegais.
Segundo o Ministério Público, a polícia fiscaliza pelo menos vinte garimpos dentro da reserva, onde são comuns os conflitos entre índios e mineradores.
'Os líderes dos Yanomami reclamam muito da presença dos garimpeiros, já que eles sofrem com as doenças trazidas pelos mineradores e com conflitos étnicos e territoriais', segundo o promotor Rodrigo Timóteo da Costa e Silva.
Rio de Janeiro - A Polícia Federal desarticulou nesta sexta-feira cinco organizações que extraíam ouro ilegalmente da reserva dos índios Yanomami, em Roraima, na fronteira com a Venezuela, e que utilizavam onze aviões para transportar o produto e os garimpeiros.
A operação prendeu 26 pessoas acusadas de integrar os grupos criminosos, entre os quais seis proprietários de balsas e motores utilizados na extração do ouro, assim como oito pilotos e um mecânico de aeronaves.
Foram autuadas três empresas em Boa Vista (Roraima) que recebiam o ouro e as pedras preciosas retiradas da reserva, e apreendidos doze veículos 4x4.
A Reserva Yanomami, criada em 1992 e uma das maiores do Brasil, com 96.650 quilômetros quadrados de extensão, abriga cerca de 20 mil índios que ainda vivem em relativo isolamento e sobrevive da caça e da agricultura.
'As investigações, que se prolongaram por cerca de um ano, permitiram identificar cinco grupos criminosos que atuavam para manter o garimpo ilegal e que eram integrados por pilotos, empresários do ramo da joalheria e proprietários de balsas', segundo um comunicado da Polícia Federal.
De acordo com os responsáveis pela Operação Xawara, as organizações utilizavam onze aviões para transportar os garimpeiros, máquinas, alimentos, munição e mercúrio até a reserva indígena e para recolher o ouro extraído do local.
A pedido da Polícia Federal, um juiz suspendeu a autorização de voo dos oito pilotos detidos.
Além de invadir as terras indígenas e explorar ouro ilegalmente, as organizações terão que responder por delitos como evasão de divisas, formação de quadrilha e crimes ambientais devido aos métodos predatórios empregados, que utiliza mercúrio.
'O ouro era extraído dos leitos dos rios mediante o bombeamento do material presente no fundo para a superfície de grandes balsas e mediante a escavação em barrancos, o que provoca um forte impacto ambiental', segundo nota da Polícia Federal.
O juiz responsável pela operação ordenou a detenção de 33 pessoas, oito das quais continuam foragidas, e autorizou buscas em 44 residências, sedes de empresas e fazendas com pistas clandestinas de voo.
A polícia esclareceu que as ordens de detenção por enquanto não foram estendidas aos garimpeiros pois o objetivo da operação é atingir inicialmente as pessoas que financiam as atividades ilegais.
Segundo o Ministério Público, a polícia fiscaliza pelo menos vinte garimpos dentro da reserva, onde são comuns os conflitos entre índios e mineradores.
'Os líderes dos Yanomami reclamam muito da presença dos garimpeiros, já que eles sofrem com as doenças trazidas pelos mineradores e com conflitos étnicos e territoriais', segundo o promotor Rodrigo Timóteo da Costa e Silva.