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PF desmonta esquema de exploração ilegal de madeira no Pará

Segundo a PF, o esquema seria responsável por dano ambiental estimado em quase 900 milhões de reais

Polícia Federal: grupo dava teor legal à madeira extraída ilegalmente fraudando créditos florestais através da inserção de dados falsos no sistema (Vagner Rosário/VEJA)
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Reuters

Publicado em 4 de outubro de 2017 às 09h31.

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, operação para desarticular associação criminosa suspeita de coordenar extração ilegal de madeiras nobres dentro de terra indígena no Pará, responsável por dano ambiental estimado em quase 900 milhões de reais, informou a PF em comunicado.

Cerca de 40 policiais cumprem 10 mandados de condução coercitiva, 11 de sequestro de bens e valores e 6 de busca e apreensão em oito cidades nos Estados do Pará, Santa Catarina e Paraná como parte da chamada operação Anhangá Arara.

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A investigação, iniciada após relatório do Ibama apontar que a terra indígena Cachoeira Seca (PA) estava sendo alvo de madeireiras clandestinas, identificou grupo empresarial responsável por coordenar a extração da madeira nobre Ipê, de acordo com a PF.

O grupo dava teor legal à madeira extraída ilegalmente fraudando créditos florestais através da inserção de dados falsos no sistema que controla a comercialização e transporte de produtos florestais no Pará.

"Após isso, a madeira era transmitida entre empresas do grupo até ser exportada por meio de portos de Belém e do Sul do Brasil", disse a PF em nota, acrescentando que o material era enviado para outros países na América, Europa e Ásia.

O esquema criminoso foi responsável por dano ambiental no valor de mais de 574 milhões de reais pelas atividades realizadas na terra indígena Cachoeira Seca, somados a mais de 322 milhões de reais causados pela abertura de áreas de corte raso, totalizando mais de 897 milhões de reais em danos, segundo laudo pericial da PF.

O nome da operação, Anhangá Arara, faz referência à proteção da morada dos índios.

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