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PF cumpre mandado de busca em caso do Cruzeiro do Sul

Polícia Federal afirma que mandados foram cumpridos numa residência de SP e numa empresa do Rio, "aparentemente utilizada para ocultação de bens adquiridos ilicitamente"


	Porta da viatura da Polícia Federal
 (Fernando Moraes/Veja SP)

Porta da viatura da Polícia Federal (Fernando Moraes/Veja SP)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 11h47.

São Paulo - A Polícia Federal informou que cumpriu na manhã de segunda-feira dois mandados de busca e apreensão em uma residência e uma empresa de ex-controladores do Banco Cruzeiro do Sul. Segundo a nota da PF, os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo, foram cumpridos numa residência na capital paulista e numa empresa no Rio de Janeiro, "aparentemente utilizada para a ocultação de bens adquiridos ilicitamente".

A PF informa que, a seu pedido, a Justiça determinou também a indisponibilidade de bens imóveis, veículos, e de recursos em investimentos bancários e no mercado financeiro de titularidade dos investigados.

Ainda conforme o comunicado da PF, o inquérito iniciou-se em 2010 para apurar a ocultação de prejuízo e a criação de resultados positivos artificiais nas demonstrações financeiras do banco durante o ano de 2008 e o primeiro quadrimestre de 2009. "Segundo os autos, essas operações teriam levado ao pagamento indevido de dividendos a acionistas e outros valores aos controladores do banco."

De acordo com a PF, os envolvidos foram indiciados por crimes contra o sistema financeiro: gestão fraudulenta e indução ou manutenção de investidor ou repartição pública a erro por meio de sonegação de informações ou divulgação de informações falsas; além do crime de formação de quadrilha, cujas penas variam de 1 a 12 anos de reclusão.

"Esse inquérito foi instaurado para apurar fatos diversos aos que levaram à intervenção do Banco Central no Banco Cruzeiro do Sul S.A. e não se confundem com os que levaram à instauração de outra investigação pela Delegacia de Repressão aos Crimes Financeiros na Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio de Janeiro", destaca a PF, no comunicado. "Tendo em vista que ambos os inquéritos encontram-se sob segredo de justiça, a PF se atém às informações da presente nota", conclui.

Após ter apresentado rombo que pode superar os R$ 4,5 bilhões, o Cruzeiro do Sul foi liquidado pelo Banco Central na última sexta-feira, depois de ter ficado sob administração temporária do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) por pouco mais de três meses. A liquidação foi feita porque não houve interessados em comprar o banco.

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