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PF conclui que houve falhas 'evidentes' da Secretaria de Segurança do DF no 8 de Janeiro

Relatório encaminhado ao STF destaca 'ausência inesperada' de Anderson Torres antes de atos golpistas; pasta afirma que não comenta processos em andamento

Supremo Tribunal Federal: Relatório da PF sobre falhas na segurança do DF no 8 de Janeiro (Divulgação)

Supremo Tribunal Federal: Relatório da PF sobre falhas na segurança do DF no 8 de Janeiro (Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 29 de outubro de 2024 às 18h30.

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Polícia Federal (PF) afirmou, em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que houve falhas "evidentes" da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) durante os atos golpistas de 8 de Janeiro.

O documento menciona a "ausência inesperada" de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública, que estava nos Estados Unidos no dia dos eventos. A pasta do DF declarou que "não comenta sobre investigações e processos judiciais em andamento".

Investigações e implicações

A análise faz parte do relatório final do inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal nos atos golpistas. Além de Anderson Torres, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também está sob investigação, juntamente com outras pessoas.

O relator do caso, Alexandre de Moraes, enviou o documento para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) na última segunda-feira.

No relatório, a PF destacou a "falta de ações coordenadas" e a "difusão restrita de informações cruciais" como fatores determinantes para a "ineficiência da resposta das forças de segurança". [Grifar]A ausência de coordenação adequada e a restrição na disseminação de informações contidas no Relatório de Inteligência nº 06/2023 contribuíram diretamente para a incapacidade de resposta.

Ausência de coordenação e ineficiência

“Conclui-se que as falhas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no enfrentamento das manifestações de 8 de janeiro de 2023 são evidentes, especialmente pela ausência inesperada de seu principal líder, Anderson Gustavo Torres, em um momento de extrema relevância, aliado à falta de ações coordenadas e à difusão restrita de informações cruciais”, destaca o texto da PF.

A falta de articulação e de difusão de dados comprometeu a capacidade de antecipar e enfrentar os atos de violência, evidenciando um despreparo das forças de segurança do DF. [Grifar]O despreparo resultou na escalada dos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Nomeação e exoneração de Anderson Torres

Anderson Torres havia sido nomeado para o cargo de secretário de Segurança após deixar o Ministério da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro. Poucos dias depois de assumir o cargo, ele viajou para Orlando, nos Estados Unidos, para tirar férias, e foi exonerado por Ibaneis Rocha ainda no dia 8 de Janeiro. Ambos foram ouvidos pela PF durante a investigação e negaram responsabilidade pelas falhas de segurança.

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