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PF apura ameaças e protestos contra desocupação no MT

População estaria sendo incitada a bloquear rodovias e recebendo alimentação em troca para dificultar desocupação da área

Até agora, 20 mil de 165.241 hectares indígenas foram retomados (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 17h02.

Cuiabá - A pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso , a Polícia Federal vai investigar quem está incitando protestos violentos contra a desocupação da terra indígena Marãiwatsédé, no norte do Estado. A Polícia Federal já apura ameaças feitas a dom Pedro Casaldáglia, ao cacique Damião Paradziné e ao prefeito de Alto Boa Vista, Wanderley Perin.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do MPF/MT, "a medida foi tomada, porque notícias da imprensa dão conta de que o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)/Araguaia, Marcos da Rosa, estaria conclamando a população de Ribeirão Cascalheira (MT) a participar de bloqueios em rodovias federais, oferecendo, inclusive, "alimentação farta" distribuída por caminhões, a fim de impedir o cumprimento de ordem do Poder Judiciário para desocupação da terra indígena".

Com telefones celulares fora de serviço, Marcos da Rosa não foi localizado para comentar a citação.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou que, desde o início da operação de retirada dos invasores da terra dos xavantes, há registros de ameaças de morte a representantes do governo federal e pequenos ocupantes não indígenas, que são coagidos a não deixar a área.


Segundo o órgão, uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS) também sofreu intimidação e foi barrada ao tentar transportar um adolescente indígena ferido em acidente doméstico.

As intimidações ainda incluem ameaças de morte nominais a servidores da Funai, do Incra e policiais que participam da operação de desocupação, além do cacique xavante Damião Paridzané. O governo federal encaminhou reforço de efetivos policiais para a região.

Na quinta-feira (13), a força-tarefa formada por oficiais de Justiça, equipes das forças de segurança e representantes do governo federal percorreram outras cinco fazendas na chamada área 1 da desocupação. As equipes encontraram dificuldade de locomoção devido a árvores e outros obstáculos colocados nas estradas para inviabilizar o acesso. Também foram abertos buracos em alguns trechos com o mesmo objetivo.

A previsão é encerrar esta etapa, que concentra grandes propriedades, no fim de semana. Até o momento, cerca de 20 mil hectares foram oficialmente retomados. A área total da terra indígena é de 165.241 hectares.

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Cuiabá - A pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso , a Polícia Federal vai investigar quem está incitando protestos violentos contra a desocupação da terra indígena Marãiwatsédé, no norte do Estado. A Polícia Federal já apura ameaças feitas a dom Pedro Casaldáglia, ao cacique Damião Paradziné e ao prefeito de Alto Boa Vista, Wanderley Perin.

Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do MPF/MT, "a medida foi tomada, porque notícias da imprensa dão conta de que o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato)/Araguaia, Marcos da Rosa, estaria conclamando a população de Ribeirão Cascalheira (MT) a participar de bloqueios em rodovias federais, oferecendo, inclusive, "alimentação farta" distribuída por caminhões, a fim de impedir o cumprimento de ordem do Poder Judiciário para desocupação da terra indígena".

Com telefones celulares fora de serviço, Marcos da Rosa não foi localizado para comentar a citação.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou que, desde o início da operação de retirada dos invasores da terra dos xavantes, há registros de ameaças de morte a representantes do governo federal e pequenos ocupantes não indígenas, que são coagidos a não deixar a área.


Segundo o órgão, uma equipe da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS) também sofreu intimidação e foi barrada ao tentar transportar um adolescente indígena ferido em acidente doméstico.

As intimidações ainda incluem ameaças de morte nominais a servidores da Funai, do Incra e policiais que participam da operação de desocupação, além do cacique xavante Damião Paridzané. O governo federal encaminhou reforço de efetivos policiais para a região.

Na quinta-feira (13), a força-tarefa formada por oficiais de Justiça, equipes das forças de segurança e representantes do governo federal percorreram outras cinco fazendas na chamada área 1 da desocupação. As equipes encontraram dificuldade de locomoção devido a árvores e outros obstáculos colocados nas estradas para inviabilizar o acesso. Também foram abertos buracos em alguns trechos com o mesmo objetivo.

A previsão é encerrar esta etapa, que concentra grandes propriedades, no fim de semana. Até o momento, cerca de 20 mil hectares foram oficialmente retomados. A área total da terra indígena é de 165.241 hectares.

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