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Pezão nomeia ré na Lava Jato para secretaria da Mulher

Solange Alemida teria recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobras

Solange: ex-prefeita do município de Rio Bonito (RJ), Solange é ré na Lava Jato em um processo com Cunha (Divulgação/Agência Câmara)

Solange: ex-prefeita do município de Rio Bonito (RJ), Solange é ré na Lava Jato em um processo com Cunha (Divulgação/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2017 às 15h41.

Rio - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), nomeou uma aliada do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), Solange Almeida (PMDB), para o cargo de secretária de Proteção e Apoio à Mulher e ao Idoso. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira, 13.

Ex-prefeita do município de Rio Bonito (RJ), Solange é ré na Lava Jato em um processo com Cunha, em denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF).

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou o ex-deputado de ter recebido propina no valor de ao menos US$ 5 milhões para viabilizar a construção de dois navios-sonda da Petrobras, no período entre junho de 2006 e outubro de 2012.

Solange teria participado do esquema pressionando os operadores pelo pagamento de valores retidos.

Segundo a denúncia, Cunha recebeu vantagens indevidas para facilitar e viabilizar a contratação do estaleiro Samsung, responsável pela construção dos navios-sonda, sem licitação.

A intermediação foi feita por Fernando Soares, operador ligado à diretoria internacional da Petrobras, de indicação do PMDB. A propina foi oferecida, prometida e paga por Júlio Camargo.

Janot pediu a condenação do ex-deputado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e de Solange por corrupção passiva.

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