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Pezão diz que buscará alianças para 2º turno

Governador do Rio ficou com 41% da preferência do eleitorado

Luiz Fernando Pezão concede entrevista coletiva após apuração dos votos no Rio de Janeiro (Fernando Maia/Pezão 15/Divulgação)

Luiz Fernando Pezão concede entrevista coletiva após apuração dos votos no Rio de Janeiro (Fernando Maia/Pezão 15/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2014 às 22h48.

Rio - O governador do Rio e candidato à reeleição, Luiz Fernando Pezão (PMDB), classificou o resultado de sua votação, com 41% da preferência do eleitorado, como "extraordinário" e disse que irá procurar todos os partidos para compor alianças no segundo turno.

Pezão afirmou ainda que vai manter o apoio à presidente Dilma Rousseff, apesar do movimento em seu partido para favorecer Aécio Neves.

"Chegar com esse número demonstra que a população reconhece o trabalho do nosso governo, nesses sete anos e 10 meses", afirmou o candidato, que iniciou a campanha com 4% de intenções de voto.

Ele agradeceu o "carinho" dos eleitores e disse que o resultado indica que a população "está mostrando que aprovou as conquistas que tivemos".

O candidato vai para o segundo turno contra o senador Marcelo Crivella (PRB), que ficou em segundo lugar com cerca de 20% dos votos, à frente do candidato Anthony Garotinho (PR) considerado o favorito para a disputa.

Garotinho teve cerca de 40 mil votos a menos que o segundo colocado. "A gente tem muitas conversas programadas, me relaciono com todo mundo. Vou procurar os partidos", disse o candidato ao ser questionado se procuraria o ex-governador, Anthony Garotinho.

Segundo Pezão, as conversas devem começar na próxima terça-feira. Ele também defendeu uma campanha menos agressiva, dizendo que foi alvo de ataques de todas as demais candidaturas.

"Enfrentei quatro candidatos, apanhei dos quatro. Gosto de ser proativo. População não tem tempo a perder, detesta briga. Taí o resultado, mostrou isso nas urnas", disse o candidato.

"Não perco tempo batendo boca e olhando o retrovisor. Se teve um candidato que apanhou muito fui eu. Agora pelo menos apanho só de um".

Nacional

Sobre as divergências no partido pelo apoio da presidente Dilma Rousseff nos palanques do segundo turno, o candidato afirmou que "entende" o movimento do seu partido para se aproximar de Aécio Neves (PSDB).

Na sua chapa, Pezão conta com o apoio de partidos aliados do tucano, como o DEM e o PP, partido do candidato a vice, senador Francisco Dornelles, que é primo de Aécio.

"Votei na presidente, tenho um carinho especial pela presidente Dilma, foi uma pessoa que nos ajudou muito.

Mas entendo o movimento que houve dentro do PMDB. O PT, desde o momento que lançou a candidatura, abriu brecha para ter esse movimento dentro do PMDB, são feridas que são difíceis de cicatrizar", completou o governador.

Com a apuração 99% concluída, segundo o TSE, Garotinho teve 19% dos votos. Em quarto lugar ficou o candidato do PT, Lindbergh Farias, com 9% dos votos, acompanhado de perto do candidato do PSOL, Tarcísio Motta, que teve 8%, uma diferença de 82 mil votos.

O resultado do PSOL chamou a atenção do candidato Pezão.

"Lutei contra três candidatos fortíssimos, que disputam eleições de dois a dois anos, conhecidíssimos, e contra um partido, o PSOL, que saiu muito forte nas manifestações e ficou em segundo lugar na cidade do Rio. Não é trivial o que enfrentamos".

O governador evitou comentar mudanças na sua estratégia de campanha, que buscou dissociar sua imagem do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), seu padrinho político neste pleito.

Pezão fez uma forte defesa do governo do qual fez parte e disse que sente orgulho de ter feito parte dele.

"Ganhei em quase toda a Baixada Fluminense contra candidatos com base forte na região. A população sabe o governo que a gente fez", disse o candidato.

"Quem defendeu o governo fui eu. Foi um governo de muitas conquistas para o Rio. Eu também não estou satisfeito. Quero avançar, para ficar satisfeito no dia que tiver a paz em todo o Estado", completou.

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