(Miguel Schincariol/Nelson Almeida/AFP/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2022 às 17h17.
Última atualização em 27 de outubro de 2022 às 17h29.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 53% dos votos válidos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 47%, segundo a pesquisa Datafolha, encomendada pela Folha de S. Paulo e pela TV Globo, divulgada nesta quinta-feira, 27. Para os votos válidos, são desconsiderados brancos, nulos e as pessoas que dizem que não sabem. É desta forma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a contagem oficial da eleição.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidas 4.580 pessoas entre os dias 25 e 27 de outubro, em 252 municípios do país. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-04208/2022.
Na última pesquisa divulgada pelo Datafolha, no dia 19 de outubro, Lula tinha 52% dos votos válidos, e o atual presidente aparecia com 48%.
Em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados em formato de lista aos entrevistados, Lula aparece com 49%, e Bolsonaro tem 44%. As pessoas que não sabem são 2%, brancos e nulos somam 5%.
Na pesquisa divulgada em 19 de outubro, Lula tinha 49% dos votos totais (estimulada), e Bolsonaro, 45%. Brancos e nulos somavam 4%, e havia 1% de indecisos.
Na pergunta espontânea, quando o eleitor precisa dizer o primeiro nome que tem em mente, o petista aparece com 47%, e o presidente, com 42%.
Segundo o Datafolha, 50% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro. O nível de rejeição de Lula é de 45%. Nesse ponto, não houve mudanças em relação à sondagem de 19 de outubro.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Lula ficou com 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%, na votação do primeiro turno, realizado no domingo, 2.
Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.
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Para os cargos de presidente e de governador, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, a segunda etapa de votação é no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.
O eleitor que não votou no primeiro turno das eleições de 2022 pode e deve votar no segundo turno. Segundo o TSE, cada turno é tratado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. Isso significa que uma pessoa que não votou no primeiro turno não é proibida de ir às urnas no segundo, desde que seu título eleitoral esteja regular.
O segundo turno é somente para cargos de governador e presidente, caso nenhum candidato atinja 50% mais um dos votos válidos. Para estado sem segundo turno, há votação somente para presidente.
Nas eleições de 2022, doze estados vão ter a definição em uma segunda etapa: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Santa Catarina, e Rondônia.
Quem não pode justificar a ausência no dia do primeiro turno da eleição, tem o prazo de até 60 dias após cada turno para regularizar a situação eleitoral sem o pagamento da multa. Os canais para realizar o procedimento online são o e-Título e o Sistema Justifica. Nesse caso, além de preencher o requerimento, é necessário anexar documentos que comprovem o motivo alegado, pois a justificativa não é automática e poderá ser ou não concedida pelo juiz eleitoral.
Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.
Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.
O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.
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