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Pesquisa Ibope comprova que brasileiros estão mais conservadores

Em seis anos, o conservadorismo aumentou entre todas as faixas etárias e de renda, em ambo os sexos, em todos os níveis educacionais e em todas as religiões

(sxc.hu)

Valéria Bretas

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 13h00.

Última atualização em 2 de junho de 2020 às 17h29.

São Paulo – Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que a população brasileira está ficando mais conservadora.

Segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (22) na coluna do jornalista José Roberto de Toledo no jornal O Estado de S. Paulo, 54% dos brasileiros atingiram alto grau de conservadorismo em questões sociais como a legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte, prisão perpétua e redução da maioridade penal.

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Para chegar ao resultado, o Ibope fez perguntas polêmicas à população sobre esses assuntos em 2010 e neste ano. Nesse período, houve aumento de conservadorismo entre todas as faixas etárias e todos os graus de renda, em ambos os sexos, em todos os níveis educacionais e em todas as religiões.

Entre as questões em que o conservadorismo se mostrou maior, destacam-se o apoio à pena de morte, que saltou de 31% para 49% em seis anos, e a quantidade de pessoas favoráveis à redução da maioridade penal, que pulou de 63% para 78% no período.

Já quando o assunto é a legalização do aborto , os brasileiros parecem não ter mudado de opinião. Em 2010, 78% se declaravam contrários – em 2016, o resultado se repetiu. Em contrapartida, o apoio ao aborto cresceu de 10% para 17%.

O grupo que defende a prisão perpétua para crimes hediondos aumentou de 63% para 78% nos últimos seis anos. E a aceitação do casamento entre pessoas do mesmo sexo também cresceu: de 25% para 42% - que configura empate técnico com os contrários, que somam 44%.

Levando em consideração os segmentos sociais, a pesquisa também constatou que os mais conservadores são os evangélicos, os homens e os menos escolarizados. Os mais liberais, segundo o Ibope, são as pessoas que fizeram faculdade e os que não são nem católicos e nem evangélicos.

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