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Pesquisa eleitoral: Lula lidera entre as mulheres; Bolsonaro supera petista entre os homens

Nos números gerais de segundo turno, Lula está na frente de Bolsonaro. O petista tem 48% das intenções de voto, contra 41% do atual ocupante do Palácio do Planalto

Lula e Bolsonaro: petista está à frente no primeiro turno. (Nelson Almeida/AFP/Sopa Images/Getty Images)

Lula e Bolsonaro: petista está à frente no primeiro turno. (Nelson Almeida/AFP/Sopa Images/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 2 de julho de 2022 às 08h30.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a preferência do eleitorado feminino, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) é a opção majoritária dos eleitores homens. Segundo os dados da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, divulgada no dia 23 de julho, em uma simulação de segundo turno entre os dois, o petista tem 55% das intenções de voto das mulheres, contra 35% de Bolsonaro. Brancos e nulos são 8%, e os que não sabem somam 3%.

Na parcela dos homens a situação se inverte, com o atual presidente pontuando 47%, e Lula com 41%. Neste recorte da população, os brancos e nulos somam 7%, e os que não sabem são 4%.

A EXAME/IDEIA ouviu 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02845-2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.

Nos números gerais de segundo turno, Lula está na frente de Bolsonaro. O petista tem 48% das intenções de voto, contra 41% do atual ocupante do Palácio do Planalto. Em relação à sondagem feita em maio, a distância entre os dois permanece a mesma - sete pontos percentuais - mas ambos ganharam dois pontos. Aqueles que não sabiam, votavam em branco ou nulo eram 14% há um mês, e agora são 10%.

(Arte/Exame)

Maurício Moura, fundador do IDEIA, avalia que o pagamento maior do Auxílio Brasil (no valor que pode chegar a 400 reais) não produziu o efeito esperado na pré-campanha do presidente Bolsonaro, de aumentar as intenções de voto.

"Acredito que a eleição é uma batalha de rejeições. Tanto a rejeição ao PT quanto ao presidente Bolsonaro. Nesse momento, a rejeição ao governo maior proporciona a liderança do Lula, mas quem chegar com uma rejeição menor em outubro será o vencedor”, afirma.

LEIA TAMBÉM: Pesquisa para presidente: Lula tem 61% entre os mais pobres; Bolsonaro tem 50% entre mais ricos

Por região, também em uma simulação de segundo turno, Bolsonaro tem 59% das intenções de voto dos moradores do Norte, e Lula tem 36%. O presidente ainda aparece em primeiro no Centro-Oeste, com 44%, e no Sul, com 47%. Nessas regiões, o petista tem 41%, e 40%, respectivamente. O ex-presidente tem vantagem sobre Bolsonaro no Nordeste (63% X 27%), e no Sudeste (46% a 44%).

Primeiro turno: distância entre os dois é de 9 pontos

Em uma simulação de primeiro turno, o ex-presidente Lula tem 45% das intenções de voto, e o atual ocupante do Palácio do Planalto aparece com 36%. Ciro Gomes (PDT) tem 7%, e Simone Tebet (MDB), 3%.Os números são de uma pergunta estimulada, em que os nomes são apresentados em forma de lista aos entrevistados.

(Arte/Exame)

Essa é a primeira pesquisa EXAME/IDEIA desde que João Doria (PSDB) desistiu de concorrer à Presidência e os tucanos decidiram apoiar a pré-candidatura da senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, formando uma chapa da terceira via, que inclui ainda o Cidadania. Na sondagem feita em maio, o ex-governador de São Paulo pontuou 2%. Também houve a definição de que Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, vai disputar a reeleição.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, destaca que o crescimento de Lula no primeiro turno pode levar a uma definição da eleição. “Há um movimento positivo para o ex-presidente Lula em termos de comparação com o Bolsonaro, mas o mais importante disso é que vemos uma possibilidade maior da eleição acabar no primeiro turno”, afirma.

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