Brasil

Pesquisa do BC prevê taxa básica de 9% no final do ano

Essa foi a terceira semana seguida em que a projeção foi ajustada para cima


	Inflação: a taxa Selic  influencia a atividade econômica e calibra a inflação, que tem apresentado alta
 (Arquivo)

Inflação: a taxa Selic  influencia a atividade econômica e calibra a inflação, que tem apresentado alta (Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2013 às 12h03.

Brasília – A taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar 2013 e 2014 em 9% ao ano, de acordo com a pesquisa do Banco Central (BC) em instituições financeiras. Essa foi a terceira semana seguida em que a projeção foi ajustada para cima. Na segunda-feira passada, a estimativa era que a Selic chegasse ao final de 2013 em 8,75% ao ano.

De acordo com a mediana (desconsidera os extremos nas projeções) das expectativas das instituições financeiras, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, nos dias 9 e 10 de julho, a Selic deve voltar a ser ajustada em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a taxa básica está em 8% ao ano. Em maio, o Copom elevou a Selic em 0,5 ponto percentual.

A taxa Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, por consequência, calibrar a inflação, que tem apresentado alta no país.

O aumento nas projeções para a taxa Selic ao final do ano veio depois da divulgação da ata da última reunião do Copom, em 6 deste mês. Para o Copom, é apropriada a intensificação do ritmo de ajuste da taxa básica de juros.

O Copom considera que o nível elevado de inflação e a dispersão de aumentos de preços contribuem para que a inflação mostre resistência. Mas a expectativa do Copom é que, com o aumento da Selic, a inflação caia neste ano e que essa tendência de declínio persista em 2014.


De acordo com a pesquisa do BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve chegar ao final deste ano em 5,83%, contra 5,80% previstos na semana passada. Para 2014, a projeção segue em 5,80%.

Cabe ao BC fazer com que a inflação (IPCA) fique na meta, que tem como centro 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A estimativa para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) foi ajustada de 4,79% para 4,92%, este ano, e de 5,10% para 5%, em 2014.

A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI)subiu de 4,50% para 4,60%, este ano, e de 5,14% para 5,17%, no próximo ano. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a estimativa também subiu de 4,40% para 4,49%, este ano, e foi mantida em 5,28%, em 2014.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAJurosMercado financeiroSelic

Mais de Brasil

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’