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Permanência de Paim na pasta da Educação é indefinida

O Ministério da Educação (MEC) é alvo de disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT)

Henrique Paim: avaliação no Planalto é a de que ministro possui perfil muito discreto (José Cruz/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 16h05.

Brasília - O ministro da Educação, Henrique Paim (PT), disse nesta sexta-feira que ainda não discutiu com a presidente Dilma Rousseff sua eventual permanência no cargo no segundo mandato da petista.

Conforme informou no último dia 4 o Broadcast Político, o Ministério da Educação ( MEC ) é alvo de disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT), que não pretende abrir mão do controle da pasta no novo governo Dilma .

O orçamento do MEC é de cerca de R$ 100 bilhões.

A partir de 2015, a área de educação deverá ocupar um espaço ainda maior na agenda da presidente, que quer um ministério forte, influente e de mais visibilidade para executar a expansão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), a construção de creches e a implantação do ensino integral em mais escolas.

"Essa questão (sobre permanência no cargo) não tem discussão, depende dela", respondeu Paim a jornalistas, após coletiva de imprensa para tratar dos preparativos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Não, não tratei (sobre isso com Dilma)."

Questionado se pretendia permanecer no cargo, respondeu: "Estou muito bem."

Perfil

Embora a presidente goste do ministro e do seu trabalho, a avaliação no Palácio do Planalto é a de que Paim possui um perfil muito discreto, sem atrair os holofotes que a pasta precisa.

O MEC serviu no passado recente como trampolim para Fernando Haddad, que saiu da Esplanada dos Ministérios para concorrer à Prefeitura de São Paulo e ganhou as eleições, e para o ministro Aloizio Mercadante, que se cacifou para assumir a toda poderosa Casa Civil.

Um nome de peso, de um ministro mais político, é visto dentro do governo como uma forma de projetar ainda mais o MEC.

Entre os cotados para assumir a pasta, estão os governadores do Ceará, Cid Gomes (Pros), e o do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).

Tarso já comandou o MEC, pasta que chefiou de janeiro de 2004 a julho de 2005.

Dentro do Partido dos Trabalhadores, desponta o nome do deputado federal Reginaldo Lopes (MG), presidente de uma comissão especial que discute a reformulação do ensino médio, justamente uma das principais bandeiras de Dilma na área de educação durante a campanha eleitoral.

Sua eventual nomeação seria ainda um reconhecimento à expressiva vitória do PT em Minas Gerais, que culminou com a eleição de Fernando Pimentel já no primeiro turno, impondo uma amarga derrota para o PSDB de Aécio Neves.

Lopes foi o deputado federal mais votado em Minas nas eleições de outubro e tem o apoio de Pimentel.

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Brasília - O ministro da Educação, Henrique Paim (PT), disse nesta sexta-feira que ainda não discutiu com a presidente Dilma Rousseff sua eventual permanência no cargo no segundo mandato da petista.

Conforme informou no último dia 4 o Broadcast Político, o Ministério da Educação ( MEC ) é alvo de disputa interna do Partido dos Trabalhadores (PT), que não pretende abrir mão do controle da pasta no novo governo Dilma .

O orçamento do MEC é de cerca de R$ 100 bilhões.

A partir de 2015, a área de educação deverá ocupar um espaço ainda maior na agenda da presidente, que quer um ministério forte, influente e de mais visibilidade para executar a expansão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), a construção de creches e a implantação do ensino integral em mais escolas.

"Essa questão (sobre permanência no cargo) não tem discussão, depende dela", respondeu Paim a jornalistas, após coletiva de imprensa para tratar dos preparativos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

"Não, não tratei (sobre isso com Dilma)."

Questionado se pretendia permanecer no cargo, respondeu: "Estou muito bem."

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Embora a presidente goste do ministro e do seu trabalho, a avaliação no Palácio do Planalto é a de que Paim possui um perfil muito discreto, sem atrair os holofotes que a pasta precisa.

O MEC serviu no passado recente como trampolim para Fernando Haddad, que saiu da Esplanada dos Ministérios para concorrer à Prefeitura de São Paulo e ganhou as eleições, e para o ministro Aloizio Mercadante, que se cacifou para assumir a toda poderosa Casa Civil.

Um nome de peso, de um ministro mais político, é visto dentro do governo como uma forma de projetar ainda mais o MEC.

Entre os cotados para assumir a pasta, estão os governadores do Ceará, Cid Gomes (Pros), e o do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT).

Tarso já comandou o MEC, pasta que chefiou de janeiro de 2004 a julho de 2005.

Dentro do Partido dos Trabalhadores, desponta o nome do deputado federal Reginaldo Lopes (MG), presidente de uma comissão especial que discute a reformulação do ensino médio, justamente uma das principais bandeiras de Dilma na área de educação durante a campanha eleitoral.

Sua eventual nomeação seria ainda um reconhecimento à expressiva vitória do PT em Minas Gerais, que culminou com a eleição de Fernando Pimentel já no primeiro turno, impondo uma amarga derrota para o PSDB de Aécio Neves.

Lopes foi o deputado federal mais votado em Minas nas eleições de outubro e tem o apoio de Pimentel.

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