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Peixe contaminado provocou a doença da urina preta na BA

Desde meados de dezembro, quando foram registrados os primeiros casos, até o mês de fevereiro, foram cerca de 70 ocorrências da doença no Estado

Olho de boi: quase a totalidade dos infectados confirmava ter ingerido um peixe identificado popularmente como olho de boi (iStock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 15h48.

Salvador - As pesquisas sobre a doença misteriosa que provocava fortes dores musculares e deixava a urina escura, registrada no fim do ano passado na Bahia , concluíram se tratar mesmo da Síndrome de Haff, como já suspeitavam alguns médicos que investigaram o mal.

Desde meados de dezembro, quando foram registrados os primeiros casos, até o mês de fevereiro, foram cerca de 70 ocorrências da doença no Estado.

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A confirmação se deu a partir dos estudos de material colhido dos pacientes. Os profissionais da saúde perceberam um ponto em comum entre eles, quase a totalidade confirmava ter ingerido um peixe identificado popularmente como olho de boi (Seriola spp).

Eles relataram também que os sintomas surgiram pouco tempo após a ingestão do alimento. Algumas vítimas precisaram ser internadas em hospitais de Salvador.

As pesquisas foram realizadas por 12 especialistas, entre eles o infectologista Antonio Bandeira. O grupo é o mesmo que identificou o vírus da zika.

O resultado do estudo foi encaminhado para publicação em revistas cientificas internacionais.

A doença de Haff tem como principal característica dores musculares intensas que surgem pouco tempo após a ingestão de peixe.

Ela também escurece a cor da urina e, sem um atendimento médico imediato, pode levar o paciente à insuficiência renal.

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