Acompanhe:

Pedido de vista impede votação de parecer sobre Argôlo

Deputado responde a dois processos por quebra de decoro parlamentar devido sua relação com o doleiro Alberto Youssef

Modo escuro

Continua após a publicidade

	Luiz Argôlo: parlamentar é acusado de receber dinheiro e favores de Youssef
 (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara)

Luiz Argôlo: parlamentar é acusado de receber dinheiro e favores de Youssef (Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara)

D
Daiene Cardoso

Publicado em 14 de outubro de 2014 às, 19h20.

Brasília - Um pedido de vista em conjunto impediu a votação na tarde desta terça-feira do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) pedindo a cassação do mandato de Luiz Argôlo (SD-BA).

Argôlo responde a dois processos por quebra de decoro parlamentar devido sua relação com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. O parlamentar é acusado de receber dinheiro e favores de Youssef.

Os pedidos de vista vieram dos deputados Sérgio Brito (PSD-BA), Wladimir Costa (SD-PA) e Pastor Eurico (PSB-PE). O relatório só voltará a ser discutido na sessão do dia 22 de outubro ou no prazo final para votação, em 29 de outubro.

Argôlo não compareceu à sessão do Conselho de Ética, mas foi representado pelo seu pai, Manoelito Argôlo, e o irmão, Manoelito Argôlo Júnior. "É cachorrada", disse o pai do deputado na saída da reunião.

Segundo o relator, durante o processo, ficou claro que houve quebra de decoro por parte de Argôlo, uma vez que ele atuava "ora como cliente de Alberto Youssef, recebendo dinheiro para si próprio e outros beneficiários".

O relatório diz que Argôlo intermediava contatos com empresas, tinha suas operações financiadas pelo doleiro e ainda pedia favores, como ajuda para interferir em licitações. "Houve evidente quebra de decoro", declarou Marcos Rogério.

O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PSD-SP), afirmou que o pedido de vista não surpreendeu.

Ele alertou que o processo contra Argôlo ainda pode se estender até dezembro se a defesa recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), como fez o deputado André Vargas (sem partido-PR).

Izar lembrou que os julgamentos de Argôlo e Vargas precisam passar pelo crivo do plenário para que os parlamentares fiquem inelegíveis por oito anos. Vargas e Argôlo não disputaram a reeleição, mas trabalham para que a cassação não seja votada pelo plenário.

"O Conselho fez a parte dele. A presidência (da Câmara) não vai deixar de colocar, no final de seu mandato, esses dois processos para serem julgados. Fica até feio", comentou.

Últimas Notícias

Ver mais
Após encontro com Lula, Macron vai ao Congresso se reunir com Pacheco
Brasil

Após encontro com Lula, Macron vai ao Congresso se reunir com Pacheco

Há 14 horas

Quem é o fundador da FTX? De um dos mais jovens bilionários a 25 anos de prisão
Future of Money

Quem é o fundador da FTX? De um dos mais jovens bilionários a 25 anos de prisão

Há 16 horas

Perse: governo apresenta projeto para limitar programa a 12 setores de eventos e diminuir incentivos
Economia

Perse: governo apresenta projeto para limitar programa a 12 setores de eventos e diminuir incentivos

Há um dia

Câmara analisa PL que torna repelente contra insetos bem indispensável
Brasil

Câmara analisa PL que torna repelente contra insetos bem indispensável

Há um dia

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais