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Pecuária do Rio deve investir mais em tecnologia

Estudo mostrou que produção de gado de corte no estado precisa de melhoramento genético, melhoria no manejo sanitário e na alimentação

Segundo o estudo, o produtor precisa de mais apoio do governo (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2011 às 19h23.

Rio de Janeiro – A produção de gado de corte fluminense precisa de investimento tecnológico por parte do estado para crescer. É o que aponta o 1º Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte do estado, apresentado hoje (30) pela Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O coordenador da pesquisa e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Nelson Jorge Moraes de Matos, explicou que itens como melhoramento genético, melhoria no manejo sanitário e na alimentação formam o tripé para uma produtividade com sustentabilidade.

“O produtor não precisa de paternalismo, mas precisa de apoio do Poder Público, principalmente na área de assistência técnica. É necessário, por exemplo, investimento nas universidades, em pesquisas exclusivas para o estado do Rio de Janeiro, com suas particularidades que precisam ser identificadas e contornadas quando forem negativas”.

O professor explicou que uma das maiores deficiências do setor é o fato da maioria dos produtores no estado não terem escrituras zootécnicas. O documento contém o registro de todos os eventos que ocorrem no rebanho, sistematicamente, como a anotação dos nascimentos dos animais, até seu desempenho produtivo e reprodutivo. “Ou seja, o produtor não tem conhecimento do que acontece dentro de sua propriedade e, consequentemente, não tem como estabelecer metas”.

Outro problema no estado, apontado pelo estudo, é a má distribuição de matadouros, o que contribui para a ocorrência de um grande número de abates clandestinos.

A pesquisa mostra o perfil do produtor, aspectos da produção, o tamanho do rebanho e sugere ações para que o Rio, que é o segundo maior mercado consumidor do país e o maior importador, adote ações para as melhorias da pecuária de corte.

O estudo sugere a ampliação da pecuária de corte intensiva (gado criado preso ou em pequenos espaços, alimentado com ração específica), hoje utilizada por apenas 1% do setor fluminense. Cerca de 90% do rebanho são criados de forma extensiva e o restante é criado em sistema de confinamento semi-intensivo, que combina pasto com complementação alimentar.

Segundo o estudo, a pecuária de corte intensiva possibilitaria incrementar a produtividade, com propriedades menores. "Para isso, é fundamental que haja investimentos em tecnologia", insistiu o coordenador da pesquisa.

De acordo com o presidente da Alerj, Paulo Melo, o diagnóstico é um raio-X da pecuária fluminense e vai contribuir para a criação de políticas públicas eficazes para fomentar o setor. Os dados foram coletados diretamente com os produtores nas regiões metropolitana, noroeste, norte, serrana, baixada litorânea, médio paraíba, centro-sul fluminense e costa verde.

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Rio de Janeiro – A produção de gado de corte fluminense precisa de investimento tecnológico por parte do estado para crescer. É o que aponta o 1º Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte do estado, apresentado hoje (30) pela Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O coordenador da pesquisa e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Nelson Jorge Moraes de Matos, explicou que itens como melhoramento genético, melhoria no manejo sanitário e na alimentação formam o tripé para uma produtividade com sustentabilidade.

“O produtor não precisa de paternalismo, mas precisa de apoio do Poder Público, principalmente na área de assistência técnica. É necessário, por exemplo, investimento nas universidades, em pesquisas exclusivas para o estado do Rio de Janeiro, com suas particularidades que precisam ser identificadas e contornadas quando forem negativas”.

O professor explicou que uma das maiores deficiências do setor é o fato da maioria dos produtores no estado não terem escrituras zootécnicas. O documento contém o registro de todos os eventos que ocorrem no rebanho, sistematicamente, como a anotação dos nascimentos dos animais, até seu desempenho produtivo e reprodutivo. “Ou seja, o produtor não tem conhecimento do que acontece dentro de sua propriedade e, consequentemente, não tem como estabelecer metas”.

Outro problema no estado, apontado pelo estudo, é a má distribuição de matadouros, o que contribui para a ocorrência de um grande número de abates clandestinos.

A pesquisa mostra o perfil do produtor, aspectos da produção, o tamanho do rebanho e sugere ações para que o Rio, que é o segundo maior mercado consumidor do país e o maior importador, adote ações para as melhorias da pecuária de corte.

O estudo sugere a ampliação da pecuária de corte intensiva (gado criado preso ou em pequenos espaços, alimentado com ração específica), hoje utilizada por apenas 1% do setor fluminense. Cerca de 90% do rebanho são criados de forma extensiva e o restante é criado em sistema de confinamento semi-intensivo, que combina pasto com complementação alimentar.

Segundo o estudo, a pecuária de corte intensiva possibilitaria incrementar a produtividade, com propriedades menores. "Para isso, é fundamental que haja investimentos em tecnologia", insistiu o coordenador da pesquisa.

De acordo com o presidente da Alerj, Paulo Melo, o diagnóstico é um raio-X da pecuária fluminense e vai contribuir para a criação de políticas públicas eficazes para fomentar o setor. Os dados foram coletados diretamente com os produtores nas regiões metropolitana, noroeste, norte, serrana, baixada litorânea, médio paraíba, centro-sul fluminense e costa verde.

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