PEC: sem quórum; Doria e Haddad: histórico…
Sem perdas Em pronunciamento nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a pasta não perderá recursos com a aprovação da PEC 241, do teto de gastos. “O crescimento nos gastos com a previdência vão ultrapassar a inflação, mas saúde de educação não perderão recursos”, disse. De acordo com o ministro, as medidas […]
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2016 às 18h35.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h14.
Sem perdas
Em pronunciamento nesta sexta-feira, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse que a pasta não perderá recursos com a aprovação da PEC 241, do teto de gastos. “O crescimento nos gastos com a previdência vão ultrapassar a inflação, mas saúde de educação não perderão recursos”, disse. De acordo com o ministro, as medidas reduziram apenas as despesas com a pretensão de fazer “mais por menos”, por meio de renegociação de contratos com fornecedores e revisão de bolsas de pesquisa. Barros garantiu ainda que programas sociais, como o Mais Médicos, não serão cortados.
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Que derrota…
O governo falhou ao montar quórum na sessão desta sexta para iniciar a contagem de prazo para obrigar a PEC 241 a ser votada já na segunda-feira. O líder do governo, André Moura (PSC-SE) conseguiu apenas a presença de 38 dos 51 deputados necessários para abrir a sessão. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, esse é primeiro indício de rebelião da base aliada de Temer, insatisfeita com os cargos loteados pelo Planalto.
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Enquanto isso…
Deputados federais da oposição a Temer foram ao Supremo Tribunal Federal pedir a interrupção da tramitação da PEC 241. A justificativa é que os parlamentares terão atuação restrita no Legislativo pela dificuldade de alterar orçamentos e deliberar sobre destinação de recursos às áreas prioritárias. Assinam o texto deputados do PCdoB e PT. A peça está nas mãos do ministro Roberto Barroso. Cabe a ele o deferimento de uma liminar para interromper o processo.
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Salários
O ex-ministro Antonio Palocci, preso na 35ª fase da Operação Lava-Jato, pediu ao juiz federal Sergio Moro que sejam desbloqueados 79.300 reais das contas de sua empresa, a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, para o pagamento dos funcionários. Ao todo, são 30 milhões de reais bloqueados na firma e advogados de defesa dizem que o valor pedido é necessário “à sobrevivência da pessoa jurídica”.
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Pediu para sair
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta sexta-feira, Michel Temer disse que seus ministros citados em delações premiadas da Lava-Jato não foram demitidos, mas pediram para sair. “Eles próprios vieram e disseram: ‘Nós não queremos continuar no governo, vamos sair’. Tenho a sensação de que, se houver alguma menção, o próprio ministro pedirá para sair”. Temer prometeu mais uma vez que não fará nada para interferir no Judiciário ou especificamente nas investigações.
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Vai e volta
O prefeito eleito de São Paulo, João Doria, garantiu mais uma vez ao jornal Folha de S. Paulo que manterá em 3,80 reais a tarifa de ônibus da cidade. Segundo Doria, a medida custará 450 milhões de reais. A estimativa é que o congelamento do preço custaria 1 bilhão de reais aos cofres público, segundo cálculo de técnicos municipais. A diferença na conta se deve à evolução dos custos do serviço de ônibus no ano que vem — que seria coberta pelo reajuste da tarifa, segundo o orçamento. Doria não detalhou como fez suas contas.
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Espírito colaborativo
Em clima bem diferente do período eleitoral, houve também nesta sexta a primeira reunião de transição entre João Doria e Fernando Haddad. O clima, segundo os próprios, foi “republicano”, de “espírito colaborativo”. “A transição começa a partir de agora com os grupos de trabalho, dentro de uma cronologia que vai até dezembro. Faremos uma transição muito boa, eu diria até histórica, pelo bom sentimento do prefeito Fernando Haddad e do nosso sentimento também”, disse Doria. “São Paulo vai ganhar com essa transição. Ela vai acontecer da melhor maneira possível”, afirmou Haddad.
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Manifestante preso
Rafael Marques Lusvarghi, manifestante brasileiro conhecido por ter sido preso durante atos contra a Copa do Mundo de 2014, foi detido nesta sexta-feira na Ucrânia. Desde setembro de 2014, ele luta ao lado de separatistas russos na guerra na fronteira do país. Segundo o Serviço de Segurança da Ucrânia, Lusvarghi foi preso quando entrava na Ucrânia, carregando um notebook com “conversas com grupos terroristas”. Eles será enquadrado no artigo 258-3, por “criação de um grupo terrorista ou organização terrorista”.