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PCdoB agirá contra Bolsonaro por ofensa a Maria do Rosário

Segundo líder do PCdoB na Câmara, partido estuda se ingressará com ação no STF ou se representará contra Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara


	Jair Bolsonaro: deputado também chamou Maria do Rosário de "mentirosa, deslavada e covarde"
 (Luis Macedo / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Jair Bolsonaro: deputado também chamou Maria do Rosário de "mentirosa, deslavada e covarde" (Luis Macedo / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 16h38.

Brasília - A líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), afirmou nesta terça-feira que seu partido vai representar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que em discurso na tribuna da Câmara hoje disse que não "estuprava" a petista Maria do Rosário (RS) porque ela "não merece".

"Ele (Bolsonaro) já se reconhece como torturador e agora se auto-reconhece como estuprador", afirmou Jandira.

Segundo ela, o PCdoB estuda se ingressará com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) ou se representará contra ele no Conselho de Ética da Câmara.

Em reunião da bancada hoje, deputados do PT também discutiram medidas judiciais e regimentais contra o parlamentar.

Bolsonaro ofendeu Rosário depois que ela, ex-ministra dos Direitos Humanos, fez um pronunciamento ressaltando a importância da Comissão Nacional da Verdade - que investiga crimes políticos realizados durante a ditadura militar no país.

O deputado do PP subiu então à tribuna. "Não saia, não, Maria do Rosário, fique aí. Há poucos dias você me chamou de estuprador no Salão Verde (área da Câmara ao lado do Plenário) e eu falei que eu não a estuprava porque você não merece. Fique aqui para ouvir", disse.

Ele também chamou Maria do Rosário de "mentirosa, deslavada e covarde" e classificou o governo do PT de "comunista, imoral e ladrão".

"Parabéns aos vagabundos do Brasil que estão sob o guarda-chuva da Comissão de Direitos Humanos da deputada Maria do Rosário", concluiu.

Jandira Feghali reagiu a Bolsonaro e disse que o Congresso tem vivido situações em que as mulheres são agredidas.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também criticou Bolsonaro e disse que a Câmara "não pode ter esse tipo de comportamento".

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