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Paulínia afasta 13 vereadores e aprova investigação a prefeito

Dixon é acusado de distribuir cargos aos vereadores a fim de evitar investigação em contratos de coleta de lixo e de merenda escolar da prefeitura

Paulínia: a cidade tem apenas 15 vereadores (Júlio Boaro/Wikimedia Commons)

Paulínia: a cidade tem apenas 15 vereadores (Júlio Boaro/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 11h26.

A Câmara de Paulínia, cidade do interior de São Paulo, afastou 13 dos 15 vereadores e aprovou a abertura de investigação contra o prefeito da cidade, Dixon Carvalho (PP), no fim da noite desta segunda-feira, 26.

Dixon é acusado de distribuir cargos aos vereadores a fim de evitar a abertura de comissão processante para apurar supostas irregularidades em contratos de coleta de lixo e de merenda escolar da prefeitura. Os vereadores afastados são suspeitos de terem recebido 68 cargos de livre nomeação em troca da blindagem ao prefeito.

O afastamento foi determinado pelo juiz Carlos Eduardo Mendes, da 1ª Vara de Paulínia, depois que os treze vereadores rejeitaram a denúncia da troca de cargos por votos em que eles mesmos estavam envolvidos.

Os suplentes assumiram os postos e aprovaram, por dez votos a favor e três abstenções, a criação de uma comissão para investigar o prefeito. A comissão tem 90 dias para apresentar o relatório das apurações.

Também foi aprovado o afastamento dos vereadores até o fim das investigações. Conforme a procuradoria jurídica da Câmara, os vereadores afastados negam terem sido beneficiados.

A assessoria do prefeito informou que ele está convicto da legalidade de todos os atos praticados em seu governo e que as denúncias são infundadas, resultando de perseguição política.

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