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Paulinho da Força diz que vai recorrer de decisão da justiça

Consuelo Yoshida determinou a suspensão dos direitos políticos do deputado por improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador

Paulinho da Força: o deputado alega estar sendo acusado injustamente de irregularidades (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

Paulinho da Força: o deputado alega estar sendo acusado injustamente de irregularidades (Antonio Cruz/ABr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2017 às 19h43.

Última atualização em 12 de junho de 2017 às 20h05.

São Paulo - A defesa da Força Sindical e do presidente da entidade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), informou nesta segunda-feira, 12, que irá recorrer da decisão da desembargadora do Tribunal Regional da 3ª Região Consuelo Yoshida que determinou a suspensão dos direitos políticos do deputado por improbidade na utilização dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Paulinho alega que desde 2002 vem sendo acusado injustamente de irregularidades e neste episódio em específico, já havia decisão de primeira instância de agora considerando improcedente a acusação.

De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o parlamentar, como presidente da central sindical, contratou a Fundação João Donini sem licitação, para ministrar cursos profissionalizantes para desempregados e pessoas de baixa renda utilizando recursos do FAT.

O TRF3 aponta a inidoneidade da Fundação e registra reiteradas inconsistências nos cadastros de alunos com duplicidade de CPFs, "o que, no mínimo, demonstra a ausência de seriedade da instituição".

Veja a íntegra das defesas:

"Nota oficial - Força Sindical

A Força Sindical repudia veementemente a perseguição política de que está sendo vítima seu presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva.

Recorrentemente, desde 2002, quando foi candidato a vice-presidente da República na chapa de Ciro Gomes, Paulinho vem sendo injustamente acusado de supostas e jamais comprovadas irregularidades em um antigo Plano de Formação do Trabalhador - Planfor, do governo FHC.

As contas relativas a este plano jamais foram aprovadas - nem desaprovadas - pelo Tribunal de Contas da União, numa apuração que já dura 15 anos.

No caso presente - a execução de uma parte ínfima do plano, numa cidade do interior paulista -, um procurador ingressou com uma Ação Civil Pública contra Paulinho, presidente da Força, e a própria Força, em vez de ingressar contra a entidade.

Essa Ação Civil Pública foi considerada improcedente pelo juiz de Primeira Instância da Justiça Federal de São Paulo, por inexistir dano ao erário.

Não houve qualquer desvio. Agora, em outra instância, outro juiz se arvora em justiceiro, como virou moda em nosso país, e expediu uma sentença midiática, que não se sustentará.

A Força Sindical e seu presidente vão obviamente recorrer dessa absurda sentença e esperam que, ao final, se faça a necessária justiça".

Abaixo, nota do advogado de Paulinho e da Força.

"Direção Nacional da Força Sindical

A Força Sindical e o seu presidente, Paulo Pereira da Silva, respondem a Ação Civil Pública fundada em ato de improbidade administrativa em razão da contratação da Fundação João Donini pela Força Sindical na execução de convênio vinculado ao PLANFOR do MTE em 2001.

Esta Ação Civil Pública foi julgada totalmente improcedente pelo juiz de 1ª instância da Justiça Federal de São Paulo pois, apesar da contratação sem licitação da Fundação João Donini pela Força Sindical, restou comprovada a inexistência de dano ao erário.

No dia 25/05 a 6ª Turma do TRF da 3ª Região, pelos mesmos fatos, julgou parcialmente procedente a apelação do Ministério Público Federal para condenar tanto a Força Sindical como o seu presidente, Paulo Pereira da Silva, com multa de R$ 25.000,00, proibição de contratar com o Poder Público e suspensão dos direitos políticos.

Tendo em vista que, à época da assinatura do referido convênio o TEM, não se exigia a realização de licitação para subcontratação no âmbito dos convênios e, que já restou provada a inexistência de dano ao erário ou enriquecimento ilícito, tampouco a presença de dolo ou má-fé, a Força e o seu presidente interpuseram os recursos cabíveis confiantes de que a Justiça reconhecerá a total improcedência da Ação Civil Pública.

Tiago Cedraz - Advogado"

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