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Partidos negam irregularidades nas despesas

Partidos teriam usado Fundo Partidário para viagens em jatos fretados, aparelhos televisores de alto valor e consumo de bebida alcoólica, por exemplo

Receita: a previsão do governo é arrecadar R$ 2,85bilhões com a segunda etapa do programa (./Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de março de 2017 às 11h08.

Brasília - Os partidos que usaram recursos do Fundo Partidário para realizar viagens em jatos fretados, comprar aparelhos televisores de alto valor, custear o consumo de bebida alcoólica ou apresentaram notas com informações incompletas nas prestações de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negaram qualquer irregularidade .

Questionado sobre a contratação de empresa que pertence a dirigentes, o PSDC disse que em seu estatuto "não há nenhuma vedação" para que a sigla possa usufruir prestação de serviços de empresas da qual participem seus membros. O PSDC afirmou que a Constituição assegura aos partidos "autonomia para definir sua estrutura interna".

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Na prestação de contas de 2011, os técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionaram a contratação da Maxam Serviços Administrativos e a 74 Propaganda por pertencerem a filiados.

O PRP, por sua vez, informou que o partido já devolveu R$ 1 mil ao Tesouro Nacional, referentes à compra de vinho. A sigla afirmou também que enviou notas de pagamento de contas de água e luz do presidente da legenda, Ovasco Roma Altimari Resende, porque o endereço do partido "era o domicílio político" dele e da mãe, "jamais a residência".

A assessoria do PSDB informou que os voos em jatos fretados se referem a "deslocamentos de lideranças partidárias em diferentes trajetos, para cumprimento de agendas de interesse partidário".

Segundo a sigla, todos os dados apresentados pelo PSDB ao TSE "atendem à legislação em vigor". Sobre o exercício financeiro de 2011, o partido disse que apresentará "em tempo hábil" resposta à diligência solicitada.

Procurada, a assessoria de imprensa do PT não respondeu até a conclusão desta edição. O advogado de João Santana, Fábio Tofic, não foi localizado. O secretário de Finanças do PPS, Regis Cavalcante, disse que a prestação de contas ainda não foi definitivamente julgada.

Sobre as notas de bebida alcoólica, o PPS afirmou que, caso seja confirmada a existência desse fato, os responsáveis serão "compelidos" a devolver os valores. A reportagem não conseguiu contato com o presidente do PSB, Carlos Siqueira. Procurado, o presidente do PDT, Carlos Lupi, não foi localizado.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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