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Partido de Russomanno, PRB deixa a base de apoio a Doria

A medida é uma resposta à decisão do Executivo de demitir funcionários que ocupavam cargos em comissão por indicação da legenda

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Doria: o presidente municipal do PRB diz que a legenda não irá, necessariamente, para a oposição (Adriano Machado/Reuters)

Doria: o presidente municipal do PRB diz que a legenda não irá, necessariamente, para a oposição (Adriano Machado/Reuters)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2017, 18h37.

O PRB, partido do pré-candidato ao governo de São Paulo Celso Russomanno, deixou a base de apoio ao governo de João Doria (PSDB) na Câmara Municipal, onde possui quatro assentos.

A medida é uma resposta à decisão do Executivo de demitir funcionários que ocupavam cargos em comissão por indicação da legenda, após o governo avaliar que o PRB vinha agindo para barrar a votação de projetos de lei de interesse de Doria, especialmente a privatização do complexo do Anhembi. As demissões atingem principalmente o vereador Souza Santos (PRB).

O presidente municipal do PRB, Aildo Rodrigues, afirmou que "o governo foi desrespeitoso, deselegante, radicalizou na questão, exonerando na calada da noite nosso pessoal sem nos chamar para conversar, para compor. Sem dizer do descontentamento. Isso causou internamente no PRB um desconforto muito grande", afirma.

Rodrigues diz que a legenda não irá, necessariamente, para a oposição, mas terá uma atuação "independente" daqui para a frente.

"Entendemos o recado como se o PRB não tem nenhuma importância para o governo municipal, não tem nenhuma importância para futuras composições para 2018", continuou Rodrigues, ao comentar o impacto da decisão nas negociações para as alianças no ano que vem. Tanto o PRB quanto o PSDB devem ter candidatos próprios, o pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda, 4, coloca Russomanno como líder em todos os cenários pesquisados. Ele afirma, entretanto, que novos diálogos podem ocorrer.

Votações

Líder do governo Doria na Câmara, o vereador Aurélio Nomura (PSDB) lamentou a saída do partido. "Mas ainda temos 40 votos, mais do que o necessário para a aprovação de nossos projetos", afirma.

Para autorizar a venda do Anhembi e do Autódromo de Interlagos, o Executivo precisa de 28 votos (a Câmara tem 55 vereadores).

Entretanto, para aprovar projetos relacionados às privatizações, em especial os projetos urbanísticos que alteram regras do Plano Diretor na área ao redor desses complexos, a votação fica mais apertada: o executivo precisa de dois terços da Câmara, ou 37 votos favoráveis.

A votação do Anhembi estava marcada para ocorrer nesta segunda-feira, 4. Mas a morte de um irmão do vereador Zé Turin (PHS) derrubou a sessão -- a morte de familiares dos vereadores está prevista entre a razões que suspendem as votações. O Executivo pretende votar o projeto nesta terça-feira, 5.

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